sábado, 28 de junho de 2025

Poejo (Mentha pulegium)



Poejo (Mentha pulegium L.)
Erva com 12 a 78 cm, estolhosa, algo lenhosa na base, é também conhecida pelos nomes comuns de Hortelã-dos-Açores,Hortelã-pimenta-mansa,Poêjos.
Tipo biológico: helófito, hemicriptófito,
Família: Lamiaceae (Labiatae)
Distribuição: nativa da Europa, Ásia e Norte de África. Introduzida e naturalizada na América. 
Em Portugal ocorre, como espécie autóctone, quer no território do Continente, quer nos arquipélagos dos Açores e da Madeira.
Ecologia/habitat: em geral em sítios com algum grau de humidade, como charcos, ainda que temporários, margens de lagos, lagoas e de cursos de água, com preferência por solos ácidos, a altitudes até 1800 m.
Floração: de Maio a Novembro
Nota: Em Portugal, esta planta é muito utilizada como aromatizante em culinária.
Avistamento: Cabo Espichel (Parque  Natural da  Arrábida); 27 - Junho  2025.

sábado, 21 de junho de 2025

Rabo-de-cão (Cynosurus echinatus)



Rabo-de-cão ou Rabo-de-cão-eriçado (Cynosurus echinatus L.)

Erva anual, cespitosa, glabra, com caule que pode atingir até cerca de 100cm; folhas lineares, planas, inteiras, ásperas, com limbo com 3 a 9 mm de largura; flores agrupadas em inflorescência em panícula, aproximadamente ovóide, unilateral e mais ou menos compacta.
Tipo biológico: terófito;
FamíliaPoaceae (Gramineae)
Distribuição: Sul e Oeste da Europa; Norte de África; Sudoeste da Ásia e Macaronésia (Madeira e Canárias)
Em Portugal ocorre, como planta autóctone, no território do Continente e no arquipélago da Madeira e como espécie introduzida está também presente no arquipélago dos Açores.
Ecologia/habitat: terrenos cultivados e incultos; pastagens; orlas e clareiras de bosques e matagais.
Floração: de Abril a Julho.
[Avistamento: Vale de Barris (P.N.Arrábida); 19 - Maio - 2021]

domingo, 15 de junho de 2025

Trevo-aglomerado (Trifolium glomeratum)

 



Trevo-aglomerado (Trifolium glomeratum L.)

Erva anual, glabra ou glabrescente, com caules prostados, ascendentes ou erectos, em geral glabros, com entrenós bem distanciados entre si, podendo atingir até 40 cm de comprimento; folhas alternas, trifoliadas, com folíolos obovados ou obcordados, serrilhados; inflorescências axilares, capituliformes, globosas na frutificação. com ligeiro invólucro formado pelas estípulas das folhas, compostas por numerosas flores com corola rosada, glabra, maior que o cálice.
Tipo biológico: terófito;
FamíliaFabaceae (Leguminosae);
Distribuição: Sul e Oeste da Europa; Sudoeste da Ásia; África (Norte e Sul); e Macaronésia (arquipélagos dos Açores, Madeira e Canárias). Introduzida nas Américas (do Sul e do Norte) na Austrália e Nova Zelândia.
Em Portugal além de presente nos arquipélagos dos Açores e da Madeira, ocorre também ao longo de todo o território do Continente.
Ecologia/habitat: prados e pastagens, bermas de estradas e caminhos, outros terrenos incultos, em solos pobres, preferentemente arenosos e siliciosos, a altitudes até 1600m.
Floração: de Março a Julho.
(Avistamento: Cabo Espichel (PN Arrábida); 6 - Maio - 2025)

segunda-feira, 26 de maio de 2025

Época das orquídeas silvestres (2025): Serapião-de-língua estreita (Serapias strictiflora)

 

Serapião-de-língua-estreita (Serapias strictiflora Welw. ex Veiga)
Erva perene (tipo biológico: geófito) com 1-3 tubérculos; caule verde, com 10 a 36 cm de altura; folhas (3 a 6) linear-lanceoladas, com as superiores (1 ou 2) bracteiformes; flores (1 a 4) agrupadas numa espiga geralmente pouco densa.
Embora para quem esteja familiarizado com o género Serapias seja relativamente fácil distinguir as diversas espécies que ocorrem em Portugal, já quanto aos leigos na matéria se não poderá dizer o mesmo, pelo menos em relação a 3 destas espécies (S. parviflora;S. lingua e S. strictiflora) que têm bastantes semelhanças. Para remover eventuais dúvidas recomenda-se que se observe o formato do labelo e se atente no número e forma das calosidades existentes no hipoquilo (2 no caso da S. parviflora e 1 no caso da S. lingua e da S. strictiflora). 
Família:Orchidaceae;
Distribuição: Sudoeste da Europa e Noroeste de África. 
Em Portugal a espécie ocorre apenas no território do Continente e, ao que parece, encontra-se apenas no Algarve, Alto e Baixo Alentejo, Estremadura e Ribatejo.
Ecologia/habitat: prados; pastagens e clareiras de matos, em terrenos, pelo menos, temporariamente húmidos e, com frequência, sobre substratos arenosos, a altitudes até 400m.
Floração: de Março a Maio.
(Avistamento: Serra da Azoia; Cabo Espichel - PNArrábida; 6 -  maio - 2025)

domingo, 4 de maio de 2025

Época das orquídeas silvestres (2025): Satirião-menor (Anacamptis pyramidalis)


Satirião-menor ou Orquídea-piramidal [Anacamptis pyramidalis (L.) Rich.]
Família: Orchidaceae;
Outras imagens e + informação: aqui.
(Avistamento: Parque Natural da Arrábida; 8 - Abril - 2025)

quinta-feira, 20 de março de 2025

Época das orquídeas silvestres (2025): Neotinea conica


Neotinea conica (Willd. R.M. Bateman *
Tipo biológico:geófito;
FamíliaOrchidaceae;
Distribuição: Sudoeste europeu (Sul de França e Península Ibérica) e Noroeste de África.
Ocorrência em Portugal limitada ao território do Continente: Algarve, Alto Alentejo, Estremadura, Ribatejo, Beira Baixa, Beira Alta e Beira Litoral
Ecologia/ habitat: terrenos de pastagem, clareiras de matagais e bosques, em geral, sobre solos calcários a altitudes até 1100m.
Floração: de Fevereiro a Abril.
*Sinonímia: Orchis conica Willd.
[Avistamento: Azóia - Sesimbra (Parque Natural da Arrábida); 14 - Março - 2025]

quarta-feira, 12 de março de 2025

Época das orquídeas silvestres (2025): Flor-dos-rapazinhos (Orchis italica)



Flor-dos-rapazinhos* (Orchis italica) Poir.**
Erva vivaz, tuberosa, da família Orchidaceae. Pode atingir até 50 cm de altura, mas o mais frequente é ficar-se por dimensões mais modestas: 20 - 30 cm. Distribui-se por toda Região Mediterrânica, surgindo geralmente em clareiras de matos, nas encostas de outeiros ou colinas, sobre solos magros, relvados e, em regra, pedregosos, frequentemente calcários. Está presente em Portugal, no centro e sul do território do Continente.
Floração: de Março a Maio. 
*Também é designada comummente por Flor-dos-macaquinhos ou flor-dos-macaquinhos-dependurados.
** Sinonímia: Orchis militaris Poir.; Orchis longicornis Lam.; Orchis tephrosanthos Desf.; Orchis longicruris Link; Orchis undulatifolia Biv.; Orchis welwitschii Rchb.f.;
[Avistamento: Serra do Louro (Parque Natural da Arrábida); 11 - Março - 2025]

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

Época das orquídeas silvestres (2025): Moscardo-fusco (Ophrys fusca subsp. fusca)






Moscardo-fusco, ou Moscardo-maior (Ophrys fusca Link)

Família: Orchidaceae;
Outras imagens e + informação: aqui.
[Avistamento: Serra do Louro (P.N. Arrábida); 26 - Fevereiro - 2025]

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

Época das orquídeas silvestres (2025): Salepeira-grande (Himantoglossum robertianum)


 Salepeira-grande [Himantoglossum robertianum (Loisel.) P. Delforge; sin.*:Orchis robertiana Loisel. (basónimo); Barlia robertiana (Loisel.) Greuter]

Planta da família Orchidaceae, a Salepeira-grande é uma herbácea vivaz que pode atingir cinquenta centímetros de altura, tuberosa, com dois ou três tubérculos ovoides, caule grosso, folhas basais brilhantes formando uma roseta, inflorescência cilíndrica e densa. Distribui-se pela Região Mediterrânica e Macaronésia. Em Portugal ocorre, sobretudo, ao longo da região litoral, desde as Beiras até ao Alentejo, geralmente em terrenos arrelvados e húmidos, bem como em clareiras de matas e na berma de estradas e caminhos.
(Avistamento Parque Natural da Arrábida; 19- Fevereiro - 2025)

sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

Giesta-dos-jardins (Spartium junceum)





Giesta-dos-jardins (Spartium junceum L.)
Arbusto com caules até 3 m de altura, com copa larga e algo irregular, com ramos cilíndricos, junciformes, verdes; folhas com caducidade precoce, glabras na página superior, serícias no verso; inflorescências em cacho, com 5 a 28 flores aromáticas, com cálice unilabiado, glabrescente, persistente na frutificação e corola amarela com estandarte glabro, com ápice mucronado e unha muito curta; asas com 16-24 x 7-10 mm e quilha com 20-30 x 5,5 mm; fruto comprimido com 60-120 x 6,5-8 mm, com margens grossas, serício quando jovem, glabrescente na maturação.
Tipo biológico: fanerófito;
FamíliaFabaceae (Leguminosae)
Distribuição: Sul da Europa, Norte de África, Turquia, Próximo Oriente e Macaronésia, entretanto introduzida  no Sul da Grã Bretanha, América do Norte e América do Sul; Sul de África e Austrália
Em Portugal ocorre como espécie introduzida para fins ornamentais e, a seguir, naturalizada, estando, actualmente, presente em grande parte do território do Continente, bem como no arquipélago dos Açores.
Ecologia/habitat: barrancos húmidos, margens de rios e de outros pequenos cursos de água, a altitudes até 1000 e frequentemente, como é o caso de Portugal, à beira de estradas e nas proximidades de zonas habitadas.
Floração: de Abril a Julho.
[Avistamento: Serra de S. Luís - PN Arrábida 30 - Maio - 2023)

sábado, 4 de novembro de 2023

Catarinas-queimadas (Fumaria capreolata)

 

Catarinas-queimadas *(Fumaria capreolata L.)

Erva anual, prostrada ou trepadora, com folhas penatissectas (2 a 4 vezes); inflorescência em cacho terminal com 10 a 30 flores, com comprimento semelhante ao do pedúnculo; flores com sépalas mais largas que a corola, com margem dentada ou quase inteira; corola com 9 a 13 mm, inicialmente branca com ápice purpúreo, raras vezes toda branca, passando, com a fertilização, a apresentar cor avermelhada mais ou menos acentuada; fruto obtuso ou truncado, liso, salvo na zona da quilha (pouco notória) onde apresenta alguma rugosidade.
Tipo biológico: terófito;
FamíliaPapaveraceae;
Distribuição: espécie originária da Região Mediterrânica e do Sudoeste da Europa.
Em Portugal ocorre como planta autóctone e distribui-se, ainda que de forma descontínua, por todo o território do Continente. Presente também, mas como espécie exótica, nos arquipélagos dos Açores e da Madeira.
Ecologia/habitat: orlas, sebes e muros de campos agrícolas, cultivados ou incultos, bermas de estradas e caminhos e outros locais ruderalizados, a altitudes até 1000 m.
Floração: de Dezembro a Agosto.
* Outros nomes comuns: Erva-das-candeias; Erva-moleirinha-maior; Fumária-maior.
(Avistamento: Serra do Risco (Arrábida); 14 - Janeiro - 2019)

sábado, 28 de outubro de 2023

Trevo-escuro (Trifolium nigrescens subsp. nigrescens)








Trevo-escuro (Trifolium nigrescens subsp. nigrescens Viv.)
Erva anual, glabra ou com caules glabrescentes. Caules erectos ou ascendentes, com 5 a 45 cm de comprimento. Folhas alternas, trifoliadas, estipuladas, longamente pecioladas, a ponto de o pecíolo das inferiores poder atingir até 11cm; folíolos obovados ou obcordados, glabros, serrilhados, com dentes espinulosos. Inflorescências pedunculadas, (com 12 a 27 mm de diâmetro, durante a floração e com 10 a 20 mm, na frutificação) umbeliformes, hemisféricas, axilares, com múltiplas flores, com pedicelos desiguais; pedúnculo com 2 a 9 cm. Flores com cálice campanulado, glabro, com dentes desiguais e corola com estandarte livre, de cor branca, rosa ou amarelada, persistente na frutificação e que, com o decorrer do tempo, tende a escurecer.
Tipo biológico: terófito;
Família: Fabaceae (Leguminosae)
Distribuição: Região Mediterrânica (Sul da Europa; Noroeste de África e Sudoeste da Ásia) e Açores. Introduzida na Amétrica do Norte e Austrália.
Em Portugal ocorre como planta autóctone, quer no arquipélago dos Açores, como ficou dito, quer no território do Continente (Alto Alentejo, Estremadura, Ribatejo, Beira Litoral, Douro Litoral, Minho e, provavelmente, Algarve e Trás-os-Montes). Não há indicação de ocorrência no arquipélago da Madeira.
Ecologia/habitat: planta ruderal com preferência por terrenos relvados, como prados e pastagens, em solos arenosos, com alguma humidade e nitrificados e, por vezes, pisoteados, a altitudes até 600m.
Floração: de Março a Junho.
[Avistamento: Pinheirinhos (Sesimbra); 20 - Março - 2023]

sábado, 21 de outubro de 2023

Ervilha-de-cheiro (Lathyrus odoratus)






 Ervilha-de-cheiro (Lathyrus odoratus L.)

Erva anual ou bienal, trepadora, pubescente, com até 100cm de altura. Caules ramificados, alados; asas com 1,5 a 2,8 mm de largura; folhas pecioladas com 1 par de folíolos, terminadas em gavinha muito ramificada; estípulas ovado-lanceoladas ou linear-lanceoladas, semisagitadas; pecíolo alado com 8 a 58mm; folíolos elípticos ou obovados com margem ondulada; inflorescências pedunculadas com 2 a 4 flores; pedúnculo mais comprido que a folha axilante; flores com pétalas (estandarte, asas e quilha) de cor rosa ou roxa; fruto oblongo ou elíptico, com 5 a 8 sementes.
Tipo biológico: terófito;
FamíliaFabaceae (Leguminosae)
Distribuição: planta nativa de Itália; Sicília; ilhas e costa oriental do Mar Egeu. Introduzida como planta ornamental e naturalizada no Sudoeste da Europa, Norte de África, América do Norte e Macaronésia (Madeira e Canárias).
Em Portugal ocorre como espécie introduzida, quer no território do Continente, quer no arquipélago da Madeira. Inexistente no arquipélago dos Açores.
Ecologia/habitat; relvados, terrenos cultivados e bermas de caminhos, a altitudes até 700 m. Em Portugal, as ocorrência são, por via de regra, originadas em sementes escapadas de cultivo.
Floração: de Abril a Junho.
[Avistamentos: Serra da Arrábida;  Abril / Maio 2019);

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

Candeias ou Capuz-de-frade (Arisarum simorrhinum)




Candeias ou Capuz-de-frade (Arisarum simorrhinum Durieu)

Planta perene, acaule, com 15 a 40 cm, com tubérculo a partir do qual se desenvolvem rizomas e raízes; folhas que aparecem a partir do solo, com pecíolo comprido (5 a 34 cm) e limbo de cordiforme a hastado ou sagitado; inflorescência em forma de espádice, com pedúnculo com comprimento menor ou igual ao do pecíolo, protegida pela espata que se apresenta neste caso como estrutura tubular, curvada na parte superior, terminando em forma de capuz; espádice (mais curto ou mais comprido que a espata) com com 16 a 36 flores masculinas e 2 a 16 flores femininas, estas na base, estéril e dobrado na parte superior; fruto composto por 2 a 8 bagas; 1 a 12 sementes por cada baga.
Tipo biológico: geófito;
FamíliaAraceae;
Distribuição: Península Ibérica; Norte de África (Marrocos, Argélia e Tunísia); Ilhas Baleares; e Macaronésia (Madeira e Canárias).
Em Portugal, além de presente no arquipélago Madeira, ocorre também como espécie autóctone, com maior ou menor abundância, ao longo de grande parte do território do Continente. No arquipélago dos Açores surge como espécie introduzida.
Ecologia/ habitat: terrenos cultivados e incultos, taludes, bermas de estradas e caminhos, fendas e plataformas rochosas nitrificadas, em solos ácidos ou básicos, a altitudes até 840 m.
Floração: de Outubro a Abril.
(Avistamento: Serra do Risco (Arrábida); 4 - Dezembro - 2018)
(Clicando nas imagens, amplia)