quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Cizirão-dos-Açores (Lathyrus tingitanus)








Cizirão-dos-Açores * (Lathyrus tingitanus L.)
Erva anual (tipo biológico: terófito), trepadora, glabra, da família Fabaceae, por vezes algo lenhosa na base, com caule ramificado, alado, que pode atingir até 180cm; folhas pecioladas com dois folíolos, terminadas em gavinhas muito ramificadas; e flores com pétalas de cor purpúrea, com estandarte mais ou menos ovado.
Distribuição: Península Ibérica; sul de França; Sardenha; noroeste de África; e Macaronésia (Açores, Madeira e Canárias) .
No referente a Portugal, além da já referida ocorrência nos arquipélagos dos Açores e da Madeira, há que referir também a presença da planta no território do Continente, incluindo na Arrábida, onde já a fotografei em dois locais.
Ecologia/habitat: clareiras de matos e bosques, taludes e bermas de estradas e caminhos, margens de rios e pântanos; em zonas húmidas, a altitudes que podem ir desde os 250m até aos 850m.
Floração: de Março a Junho
É cultivada como planta forrageira.
(*Outros nomes comuns: Chicharão-dos-Açores; Chícharo-dos-Açores; Chícharo-marroquino; Chicharão)
[Locais e datas: Serra do Louro e Serra de S. Luís (Arrábida); 9/27 - Abril - 2019] 
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terça-feira, 12 de novembro de 2019

Trevo-entaçado (Trifolium cherleri)




Trevo-entaçado (Trifolium cherleri L.)
Erva anual, densamente vilosa, com caules procumbentes ou ascendentes, ramificados desde a base, com 3 a 30 cm; folhas alternas, trifoliadas, com folíolos inteiros ou ligeiramente denticulados na parte apical; flores com corola esbranquiçada ou algo rosada, agrupadas em inflorescências capituliformes, semiglobosas, aparentemente terminais.
Tipo biológico: terófito;
Família: Fabaceae;
Distribuição: Região Mediterrânica e Macaronésia (Madeira e Canárias).
Em Portugal, além de presente no arquipélago da Madeira, encontra-se também em quase todo o território do Continente. Supostamente só não ocorre no Minho e no Douro Litoral.
Ecologia/habitat: pastagens anuais, em terrenos pobres, secos, siliciosos ou arenosos, por vezes degradados, a altitudes até 1000m.
Floração: de Março a Agosto.
[Local e data do avistamento: Arrábida; 19 - Abril - 2017)
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quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Epipactis tremolsii

 

Epipactis tremolsii Pau 
Erva vivaz ou perene, rizomatosa, da famílía Orchidaceae, com rizoma cilíndrico, com raízes carnudas, finas e numerosas; caule erecto, robusto, com 30 a 60 cm de altura.
Nem sempre será fácil distinguir esta espécie da sua congénere Epipactis lusitanica, dado o "hábito" algo semelhante e o facto de existirem populações com características intermédias, devido, provavelmente, a fenómenos de hibridação. Em todo o caso é possível adiantar algumas diferenças, umas mais facilmente perceptíveis do que outras, coligidas a partir das descrições encontradas na Flora Iberica. Assim, enquanto na E. tremolsii o hipoquilo (parte proximal do labelo) é verdoso, na E. lusitanica, é rosado; naquela, a bráctea inferior é mais comprida que a flor correspondente. enquanto nesta pode ter um comprimento igual, ou apenas ligeiramente superior; a inflorescência da E. tremolsii é densa (15 a 40, ou mais, flores) e quase contígua à folha superior, enquanto a da E. lusitanica é lassa (5 a 25 flores) e distanciada das folhas superiores. Finalmente: as folhas da E. tremolsii apresentam-se mais ou menos imbricadas, ao passo que as da E. lusitanica surgem, em geral, pouco aproximadas.
Distribuição: Região Mediterrânica Ocidental (incluindo, na Europa, o Sul de França e a Península Ibérica e, em África, a região do Magrebe). Em Portugal, segundo a Flora Iberica, é observável no Algarve, Baixo Alentejo, Beira Baixa, Estremadura e Trás-os-Montes e dubitativamente, no Alto Alentejo, Beira Alta e Ribatejo.
Ecologia/habitat: orlas e clareiras de bosques, em geral, em solos calcários ou margosos.
Floração: de Março a Junho.
[Local e data do avistamento: Serra de S. Luís (Arrábida); 27 - Abril - 2019]

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Cizirão-das-torres (Lathyrus clymenum)








Cizirão-das-torres *(Lathyrus clymenum L.)
Erva anual ou bienal (tipo biológico: terófito, ou hemicriptófito) trepadora, glabra, com caule ramificado desde a base que pode atingir mais de 1m de altura.
A flor desta espécie apresenta um estandarte com duas gibas em forma de dedo, dispostas ao lado de cada uma das duas asas da corola, característica qe que permite facilmente distinguir esta espécie de outras do mesmo género, espécies que, note-se, só em território português são cerca de duas dezenas. 
Família: Fabaceae (Leguminosae);
Distribuição: Sul da Europa, desde a Península Ibérica até aos Balcãs; Ásia Menor; Norte de África e Macaronésia [ Madeira, Açores (?) e Canárias]. 
Em Portugal, a espécie distribui-se por quase todas regiões do Continente, além de estar presente nos arquipélagos da Madeira e dos Açores (aqui como planta autóctone, segundo a Flora Iberica, ou como espécie introduzida, segundo o entendimento do portal da SPBotânica, Flora.on).
Ecologia/habitat: Orlas e clareiras de bosques e matagais; sebes e relvados em redor de terrenos de cultivo, taludes e locais rochosos, a altitudes até 1500m. Indiferente à composição do solo.
Floração: de Março a Julho.
* Outros nomes comuns: Chicharão-das-torres; Chicharão-trepador.

domingo, 27 de outubro de 2019

Malmequer (Glebionis coronaria)




Malmequer *[Glebionis coronaria (L.) Cass. ex Spach **]
Erva anual, em geral, glabra, com caules que podem atingir de 20 a 100cm, ramificados na metade superior; folhas muito divididas; as inferiores e médias bipenatissectas, as superiores penatissectas; flores agrupadas em capítulos, apresentando as exteriores (femininas) lígulas brancas e amarelas na base, por vezes, integralmente amarelas e as do disco (hermafroditas) de dimensões reduzidas (cerca de 4 mm) todas amarelas.
Tipo biológico: terófito;
Família: Asteraceae (Compositae)
Distribuição: planta originária da Região Mediterrânica e do Sudoeste da Ásia, actualmente naturalizada em várias regiões do globo, designadamente no Leste da Ásia e América do Norte.
Em Portugal ocorre como espécie autóctone nas regiões do Centro e Sul do Continente e como espécie introduzida nos arquipélagos dos Açores e da Madeira. 
Ecologia/habitat: planta ruderal e nitrófila, encontra-se em terrenos cultivados e incultos, baldios, entulheiras, bermas de estradas e caminhos. 
Floração: de Fevereiro a Junho.
* Outros nomes comuns: pampilho; pampilho-vulgar; pampilho-coroado.
** Sinonímia: Chrysanthemum coronarium L. (Basónimo).
Nota: As folhas desta planta e os talos, quando tenros, são comestíveis e usados na culinária de vários países asiáticos, incluindo a China e o Japão.
(Local e data: Serra da Arrábida; 17 - Março - 2017)
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segunda-feira, 10 de junho de 2019

Orquídeas da Arrábida (época 2019) : (12) - Abelhão (Ophrys speculum subsp. lusitanica)



Abelhão (Ophrys speculum subsp. lusitanica O.Danesch & E.Danesch)
[Local e data do avistamento: Serra de S. Luís (Arrábida); 9 - Abril - 2019]
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segunda-feira, 20 de maio de 2019

Orquídeas da Arrábida (época 2019) : (11) Limodorum trabutianum







Limodorum trabutianum Batt.
Planta da família Orchidaceae, desprovida de clorofila e, por isso, obrigatoriamente parasita (tipo biológico: epífito).
Indiscutivelmente muito semelhante, no hábito, ao seu congénere Limodorum abortivum, é, no entanto, muito fácil distinguir um do outro. Para tanto basta que se atente no comprimento do esporão: o do L. trabutianum não excederá 4 mm, enquanto que o do L. abortivum, muito maior, pode sextuplicar o comprimento daquele.
Distribuição: Oeste da Região Mediterrânica e Sudoeste da Europa.
Em Portugal está confinado ao território do Continente e com ocorrência apenas no Alto e Baixo Alentejo, Estremadura, Ribatejo, Beira Litoral e Trás-os-Montes.
Ecologia/habitat: orlas e clareiras de bosques e de matagais, em terrenos arenosos ou pedregosos, em substratos de natureza calcária, xistosa ou arenítica, a altitudes até 1050m.
Floração: de Abril a Junho.
(Local e data: Serra da Arrábida; 10 - Maio - 2019)

sexta-feira, 10 de maio de 2019

Cebolinho-de-flor-branca (Ornithogalum narbonense)





Cebolinho-de-flor-branca (Ornithogalum narbonense L.)
Erva perene, bulbosa  (tipo biológico: geófito) da família Asparagaceae.
Distribuição: Sul da Europa; Norte de África; Sudoeste da Ásia e Macaronésia (Canárias). Em Portugal ocorre apenas no Continente, não cobrindo sequer todo o território, pois, nomeadamente, não está presente, nem nas Beiras (Alta e Baixa), nem no Minho e Douro Litoral.
Ecologia/habitat: Prados, campos de cereais, outros terrenos agrícolas cultivados e incultos, baldios, bermas de estradas e caminhos, em solos de qualquer natureza, a altitudes até 1500m.
Floração: de Abril a Julho.
[Local e data: Serra do Louro (Arrábida); 27 - Abril - 2019]

quarta-feira, 8 de maio de 2019

Linaria aeruginea subsp. aeruginea






Linaria aeruginea subsp. aeruginea
Erva perene, glauca, peloso-glandulosa na inflorescência; caules férteis decumbentes ou erecto-ascendentes, com 6 a 70 cm, simples ou ramificados; os estéreis decumbentes ou erectos; folhas aproximadamente lineares; inflorescência com 3 a 34 flores, densa durante a floração, mas menos na frutificação; flores com corola bilabiada, simétrica, de cor variada (amarela, avermelhada ou púrpura) mais ou menos carregada; cápsula globosa ou ovoide-subglobosa, glabra, mas com pêlos glandulíferos no ápice. 
Tipo biológico: caméfito;
Família: Plantaginaceae;
Distribuição: Planta endémica da Península Ibérica, sendo rara no Norte Peninsular e encontrando-se confinada em território português a Trás-os-Montes, Beira Alta e Estremadura.
Ecologia/habitat: terrenos rochosos e/ou pedregosos de natureza calcária, a altitudes até 2200m. 
Floração: de Fevereiro a Julho.
(Local e data do avistamento: Serra da Arrábida; 23 - Março - 2019)
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terça-feira, 23 de abril de 2019

Pinheiro-de-Alepo (Pinus halepensis)









Pinheiro-de-Alepo (Pinus halepensis Miller)

O Pinheiro-de-Alepo, também conhecido pela designação vulgar de Pinheiro-francês, é uma árvore originária da região mediterrânica. A sua distribuição em Portugal é muito mais restrita do que a do Pinheiro-bravo e do que a do Pinheiro-manso, existindo, no entanto, alguns povoamentos de pinheiro desta espécie sobretudo em zonas próximas do litoral, como acontece no caso da Serra da Arrábida. 
Esta espécie distingue-se facilmente das duas outras, não só porque apresenta uma copa bem mais irregular, mas também porque as pinhas são, em regra, muito mais numerosas e de menor tamanho e as folhas (agulhas) têm um comprimento inferior ao das folhas dos dois outros referidos pinheiros.
Tipo biológico: Fanerófito.
Família: Pinaceae.
[Lugar e data: Serra do Risco (Arrábida); 6 - Fevereiro - 2019]