quinta-feira, 31 de maio de 2012

Notobasis syriaca






Cardo-da-Síria (?) [Notobasis syriaca (L.) Cass.]
Espécie única do género Notobasis, a Notobasis syriaca é uma planta anual, da família Asteraceae, escassamente ramificada que, segundo a Wikipédia (em inglês e em espanhol) pode atingir entre 30 a 100 cm, porte que pode ser o habitual, mas que não condiz com a minha observação, pois no local onde as fotografias foram obtidas deparei com exemplares com altura igual ou superior a dois metros. As folhas, peninérvias, com  nervuras em tons de branco, apresentam recortes profundos, menores as próximas da base, maiores as superiores, mas todas estão providas de espinhos em todos os segmentos, bem como no ápice, espinhos que nas folhas superiores são particularmente fortes e acerados. As flores, roxas, agrupam-se em capítulos bem protegidos por folhas espinhosas e  brácteas guarnecidas com espinhos terminados em forma de gancho.
Distribui-se por toda a Região Mediterrânica,  pelos arquipélagos das Canárias e da Madeira e por alguns  países da Ásia não confinantes com o Mediterrâneo, como o Irão e o Azerbeijão. 
Não disponho de dados sobre a sua distribuição em Portugal. Todavia, o portal Flora-on contém apenas registo de ocorrências em locais a sul do Tejo incluindo registos de ocorrências na Serra da Arrábida e no Algarve. As minhas observações ocorreram todas na Arrábida, em zonas de pastagens, em baldios e à beira de caminhos.
Floração: provavelmente, tendo em conta as minhas observações, a floração decorrerá de maio a junho, pelo menos.
(Local e data: Serra da Arrábida; 22 - maio - 2012)

Cardo-de-ouro (Scolymus hispanicus)





O Cardo-de-ouro (Scolymus hispanicus L.) também designado pelos nomes comuns de Cangarinha, Cantarinha, Cardo-bordão e Escólimo-da-espanha é uma planta da família Asteraceae, originária da Região Mediterrânica e das Canárias. Em Portugal pode ser encontrada nos Açores, (onde foi introduzida) e em quase todo o território do Continente, com excepção das regiões montanhosas mais elevadas, ocupando, geralmente, terrenos incultos e a beira de caminhos, em sítios secos e áridos.
Floração: de maio a agosto.
(Local e data: Serra da Arrábida, 22 - maio - 2012)

terça-feira, 29 de maio de 2012

Cardo-malhado (Scolymus maculatus)





Cardo-malhado * (Scolymus maculatus L.)
Planta anual, da família Asteraceae, cujo caule pode atingir entre 20 e 130m de altura(**), ramificado em forma de candelabro, manchado de branco tal como os ramos e tal como estes protegido por cartilagens de forma triangular com espinho no vértice exterior. As folhas são todas espinhosas e igualmente manchadas de branco, mais rígidas as caulinares do que as basilares, apresentado todas elas formas diferentes, incluindo as mais próximas dos capítulos (de flores amarelas) que, além de espinhosas, são pectinadas. 
Distribui-se pela Região Mediterrânica e pelos arquipélagos da Madeira e das Canárias, surgindo geralmente em terrenos de pastagem, em terrenos incultos e à beira de caminhos.
Em Portugal continental distribui-se de forma irregular, sendo mais comum no centro e sul.
Floração: de maio a setembro.
*Outros nomes comuns: Cardo-branco; Escólimo-malhado; Escólimo-maculhado; Tigarro.
** (Isto, tendo em conta as fontes consultadas. Todavia, dentre os exemplares por mim observados, nenhum tinha menos de 1m de altura e vários ultrapassavam os 2m.
(Local e datas: Serra da Arrábida; 15/22 -maio - 2012)

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Papoila-das-searas (Papaver rhoeas)





papoila-das-searas [Papaver rhoeas L. sinPapaver rhoeas L. raça strigosum(Boenn.) Samp.; Papaver rhoeas L. subsp. strigosum (Boenn.) P. Cout.; Papaver rhoeas L. var. strigosum Boenn.; Papaver strigosum (Boenn.) Schur] também conhecida pelas designações de PapoilaPapoila-bravaPapoila-ordinária;Papoila-rubraPapoila-vermelhaPapoila-vulgar; entre outros, é uma planta da família Papaveraceae.
Embora não haja muitas certezas sobre o lugar de origem da planta, há quem sustente que é originária da região do Mediterrâneo Oriental e que terá sido introduzida na Europa e noutras regiões do globo com a expansão da cultura dos cereais. Mesmo que assim seja, certo é que ela ocorre, actualmente, não só em terrenos cultivados, mas também em terrenos incultos e em pousio e não hesita em "plantar-se" à beira de estradas e caminhos. Não sei se para ver quem passa, se para exibir a sua beleza.
Em Portugal distribui-se por todo o Continente e pelos arquipélagos dos Açores e Madeira.
As suas pétalas são usadas em fitoterapia, geralmente sob a forma de infusão, como sedativo em situações de ansiedade e de perturbação do sono.
(Local e data: Serra da Arrábida; 24 - abril - 2012)

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Hipericão-celheado (Hypericum perfoliatum)








Hipericão-celheado *(Hypericum perfoliatum L.)
Planta herbácea, perene, de caule erecto que pode atingir até cerca de 1 m de altura, à semelhança doutras espécies do mesmo género da família Hypericaceae**, como o quase homófono h. perforatum. Distingue-se, ou antes, julgo poder distingui-la, porventura erradamente, como é apanágio de leigo na matéria, de outras espécies do mesmo género, pela forma das folhas (de lanceoladas a ovadas) e pelo modo como, opostas, se abraçam ao caule dando a sensação de que este atravessa a dupla lâmina foliar. Provavelmente daí advém o qualificativo específico de  perfoliatum. Já o epíteto vulgar (celheado) derivará, suponho eu do facto de as sépalas serem ciliadas, o que constituirá, admito, outra característica diferenciadora da espécie.
Distribui-se, segundo a Flora Digital de Portugal, "pela Região Mediterrânica, Ásia Menor, N África e Macaronésia. Quadrante SW Península Ibérica", com habitat rupícola e em relvados húmidos. Pessoalmente só deparei com ela em três sítios da Serra da Arrábida, incluindo numa pedreira abandonada de marga/calcário, por entre terras ali deixadas na sequência da cessação da exploração, em locais onde tende a concentrar-se a água da chuva e, por isso, temporariamente encharcados. 
Floração: de abril a julho, segundo a fonte citada.
*Também designado vulgarmente por Erva-das-sete-sangrias e Hipericão-frondoso.
** Autonomizada da família Clusiaceae, ou Guttiferae, onde estava incluída como sub-família.
(Local e datas:  Serra da Arrábida; de 21 de abril a 9 de maio - 2012)

domingo, 13 de maio de 2012

Moscardo-fusco (Ophrys fusca)





Moscardo-fusco, ou Moscardo-maior (Ophrys fusca Link)
Erva vivaz, tuberosa, da família Orchidaceae, cuja haste floral, onde as flores (2 a 8) se dispõem em inflorescência frouxa,  pode atingir até 40 cm de altura. 
É uma planta nativa da Região Mediterrânica, distribuindo-se, designadamente, pelos países da Europa meridional e pelos países do norte de África. Em Portugal encontra-se apenas no centro e sul do território do Continente. Ocorre geralmente em terrenos de encosta, relvados e com boa exposição solar, em clareiras de matos, sobre solos secos, frequentemente sobre substrato calcário.
A espécie encontra-se dividida em várias subespécies. O Portal Flora-On regista apenas três (a nominal, subsp. fusca; a subsp bilunulata e a subsp. dyris). Todavia, noutros lugares são referidas várias outras, endémicas doutras paragens. Olhando para o quadro comparativo posto à disposição pelo citado Portal, parece-me não ser ousado afirmar que exemplares fotografados se enquadram na subespécie nominal.  
Floração: de fevereiro a maio, segundo o guia de campo "Flores da Arrábida" de José Gomes Pedro e Isabel Silva Santos.
(Local e data: Serra da Arrábida; 13 - abril - 2012) 

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Cardo-de-santa-maria (Silybum marianum)








Planta da família Asteraceae, o Cardo-de-santa-maria, também designado por Cardo-mariano e Cardo-leiteiro e com a designação científica de Silybum marianum (L.) Gaertn. (sinCarduus marianus L.; Mariana maculata Samp.;Mariana lactea Hill) é considerado originário de toda a Região Mediterrânica, mas encontra-se naturalizado em toda a Europa e noutros continentes. Em Portugal, surge espontaneamente, com frequência, embora nem em todas as regiões. É-lhe atribuída pelos autores preferência por solos secos, mas a verdade é que também já tenho encontrado a espécie em terrenos com bastante humidade (v.g., em vales e à beira de pequenos cursos de água).
Também é cultivado como planta ornamental e é usado em fitoterapia, tendo como principais indicações o tratamento de suporte em doenças inflamatórias do fígado, alegadamente devido à presença de uma substância composta (a silimarina).
(Local e data: Serra da Arrábida; 30 - abril -2012)
(Clicando nas imagens, amplia)

Cardo-de-isca (Echinops strigosus)





Cardo-de-isca (Echinops strigosus L.)
Planta herbácea, anual, da família Asteraceae, cujo caule, erecto, tomentoso, mais ou menos ramificado, pode, eventualmente, atingir mais de 1m de altura. As folhas dividem-se em segmentos lineares cobertos de pêlos rígidos na parte superior, terminando em espinho. As flores agrupam-se em capítulos de forma aproximadamente esférica, podendo os capítulos atingir até 7 cm de diâmetro.
Distribui-se pelo centro e sul da Península Ibérica e pelo noroeste de África, ocorrendo, geralmente, em pastagens, em sítios secos, não raro pedregosos, e frequentemente em encostas com boa exposição solar, sobre substratos calcários.
Floração: de maio a agosto
(Local e data: serra da Arrábida; 09 - maio - 2012)

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Joina-das-areias (Ononis ramosissima)




Joina-das-areias (Ononis ramosissima L.)
Pequeno arbusto (até 60 cm de altura) de forma arredondada, da família Fabaceae. Apresenta caule erecto, muito ramificado desde a base, com ramos pouco lenhosos, revestidos, tal como as folhas, de glândulas que tornam a planta pegajosa ao tacto. Distribui-se, em geral, por toda a bacia do Mediterrâneo, ocorrendo ao longo do litoral, nas areias das dunas e nas falésias. Também se aventura, no entanto, alguns quilómetros  pelo interior (como acontece no caso das  plantas reproduzidas nas imagens supra) onde aparece a colonizar terrenos secos e  pedregosos.
Floração: de abril a junho.
Local e data: Serra da Arrábida; 30 - abril - 2012)
(Clicando nas imagens, amplia)

domingo, 6 de maio de 2012

Azuraque,Convolvulus tricolor,




Azuraque * (Convolvulus tricolor L.)
Planta herbácea, geralmente de pequeno porte, da família Convolvulaceae, que apresenta ramos prostrados a sub-prostrados irradiando a partir do colo em múltiplas direcções e ao longo dos quais se inserem as folhas e  as numerosas flores coloridas de amarelo, branco e azul.
Planta nativa do sul da Europa e do norte de África, mas distribuída por outras paragens como planta  cultivada para fins ornamentais, ocorre em Portugal, como planta espontânea, sobretudo, no centro e sul do território do Continente, em terrenos cultivados, incultos e em sebes e baldios. 
Floresce de Abril a Junho.
*Outras designações vulgares: Bela-manhãChuchasGlória-da-manhã-anã;Madrugadas Zuraque e, porque não, Corriola-das-três-cores, de longe, a mais apropriada.
(Local e data: Serra da Arrábida; 30 - abril -2012)

sábado, 5 de maio de 2012

Lavapé (Cheirolophus sempervirens)




Lavapé, ou Viomal [Cheirolophus sempervirens (L.) Pommel]

Planta herbácea, vivaz, pubescente, áspera, da família Asteraceae, pode atingir até cerca de 1,5 m de altura, apresentando um caule mais ou menos ramificado, com ramos bastante folhosos, em cuja extremidade surgem as flores, geralmente rosadas ou purpúreas, reunidas em capítulos solitários.
Distribuição geral: Região Mediterrânica Ocidental [Península Ibérica (Portugal e Espanha) sul de França, Itália e Argélia]. Em Portugal ocorre sobretudo no centro e sul do território do Continente.
Habitat: encostas ao longo de cursos de água, mas também em lugares secos e pedregosos e à beira de caminhos, sobre solos calcários e/ou argilo-arenosos.
Floresce de Abril a Setembro.
(Local e data: Serra da Arrábida - abril 2012)
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sexta-feira, 4 de maio de 2012

Medronheiro ((Arbutus unedo)


Medronheiro, Ervedeiro, ou Êrvedo (Arbutus unedo L.)
Arbusto que pode atingir as dimensões duma pequena árvore (até 10-12 metros de altura) da família Ericaceae
É uma espécie que se distribui pelo sul Europa, norte de África, Médio Oriente e Macaronésia. Em Portugal ocorre por todo o território, de forma descontínua, sobretudo em zonas de matos e de floresta com clareiras, frequentemente em encostas, mais ou menos húmidas, e mesmo em terrenos pedregosos, geralmente sobre substrato xistoso ou calcário.
O fruto (medronho) é uma drupa, comestível e, após fermentação, é utilizada, embora cada vez menos, no fabrico de aguardente (aguardente de medronho).
Floração: de outubro a fevereiro, ocorrendo frequentemente em simultâneo com a maturação dos frutos da temporada anterior.
(Mais imagens: aqui e aqui)
(Local e data das imagens supra: Serra da Arrábida: 27 -março - 2012)