sábado, 4 de novembro de 2023

Catarinas-queimadas (Fumaria capreolata)

 

Catarinas-queimadas *(Fumaria capreolata L.)

Erva anual, prostrada ou trepadora, com folhas penatissectas (2 a 4 vezes); inflorescência em cacho terminal com 10 a 30 flores, com comprimento semelhante ao do pedúnculo; flores com sépalas mais largas que a corola, com margem dentada ou quase inteira; corola com 9 a 13 mm, inicialmente branca com ápice purpúreo, raras vezes toda branca, passando, com a fertilização, a apresentar cor avermelhada mais ou menos acentuada; fruto obtuso ou truncado, liso, salvo na zona da quilha (pouco notória) onde apresenta alguma rugosidade.
Tipo biológico: terófito;
FamíliaPapaveraceae;
Distribuição: espécie originária da Região Mediterrânica e do Sudoeste da Europa.
Em Portugal ocorre como planta autóctone e distribui-se, ainda que de forma descontínua, por todo o território do Continente. Presente também, mas como espécie exótica, nos arquipélagos dos Açores e da Madeira.
Ecologia/habitat: orlas, sebes e muros de campos agrícolas, cultivados ou incultos, bermas de estradas e caminhos e outros locais ruderalizados, a altitudes até 1000 m.
Floração: de Dezembro a Agosto.
* Outros nomes comuns: Erva-das-candeias; Erva-moleirinha-maior; Fumária-maior.
(Avistamento: Serra do Risco (Arrábida); 14 - Janeiro - 2019)

sábado, 28 de outubro de 2023

Trevo-escuro (Trifolium nigrescens subsp. nigrescens)








Trevo-escuro (Trifolium nigrescens subsp. nigrescens Viv.)
Erva anual, glabra ou com caules glabrescentes. Caules erectos ou ascendentes, com 5 a 45 cm de comprimento. Folhas alternas, trifoliadas, estipuladas, longamente pecioladas, a ponto de o pecíolo das inferiores poder atingir até 11cm; folíolos obovados ou obcordados, glabros, serrilhados, com dentes espinulosos. Inflorescências pedunculadas, (com 12 a 27 mm de diâmetro, durante a floração e com 10 a 20 mm, na frutificação) umbeliformes, hemisféricas, axilares, com múltiplas flores, com pedicelos desiguais; pedúnculo com 2 a 9 cm. Flores com cálice campanulado, glabro, com dentes desiguais e corola com estandarte livre, de cor branca, rosa ou amarelada, persistente na frutificação e que, com o decorrer do tempo, tende a escurecer.
Tipo biológico: terófito;
Família: Fabaceae (Leguminosae)
Distribuição: Região Mediterrânica (Sul da Europa; Noroeste de África e Sudoeste da Ásia) e Açores. Introduzida na Amétrica do Norte e Austrália.
Em Portugal ocorre como planta autóctone, quer no arquipélago dos Açores, como ficou dito, quer no território do Continente (Alto Alentejo, Estremadura, Ribatejo, Beira Litoral, Douro Litoral, Minho e, provavelmente, Algarve e Trás-os-Montes). Não há indicação de ocorrência no arquipélago da Madeira.
Ecologia/habitat: planta ruderal com preferência por terrenos relvados, como prados e pastagens, em solos arenosos, com alguma humidade e nitrificados e, por vezes, pisoteados, a altitudes até 600m.
Floração: de Março a Junho.
[Avistamento: Pinheirinhos (Sesimbra); 20 - Março - 2023]

sábado, 21 de outubro de 2023

Ervilha-de-cheiro (Lathyrus odoratus)






 Ervilha-de-cheiro (Lathyrus odoratus L.)

Erva anual ou bienal, trepadora, pubescente, com até 100cm de altura. Caules ramificados, alados; asas com 1,5 a 2,8 mm de largura; folhas pecioladas com 1 par de folíolos, terminadas em gavinha muito ramificada; estípulas ovado-lanceoladas ou linear-lanceoladas, semisagitadas; pecíolo alado com 8 a 58mm; folíolos elípticos ou obovados com margem ondulada; inflorescências pedunculadas com 2 a 4 flores; pedúnculo mais comprido que a folha axilante; flores com pétalas (estandarte, asas e quilha) de cor rosa ou roxa; fruto oblongo ou elíptico, com 5 a 8 sementes.
Tipo biológico: terófito;
FamíliaFabaceae (Leguminosae)
Distribuição: planta nativa de Itália; Sicília; ilhas e costa oriental do Mar Egeu. Introduzida como planta ornamental e naturalizada no Sudoeste da Europa, Norte de África, América do Norte e Macaronésia (Madeira e Canárias).
Em Portugal ocorre como espécie introduzida, quer no território do Continente, quer no arquipélago da Madeira. Inexistente no arquipélago dos Açores.
Ecologia/habitat; relvados, terrenos cultivados e bermas de caminhos, a altitudes até 700 m. Em Portugal, as ocorrência são, por via de regra, originadas em sementes escapadas de cultivo.
Floração: de Abril a Junho.
[Avistamentos: Serra da Arrábida;  Abril / Maio 2019);

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

Candeias ou Capuz-de-frade (Arisarum simorrhinum)




Candeias ou Capuz-de-frade (Arisarum simorrhinum Durieu)

Planta perene, acaule, com 15 a 40 cm, com tubérculo a partir do qual se desenvolvem rizomas e raízes; folhas que aparecem a partir do solo, com pecíolo comprido (5 a 34 cm) e limbo de cordiforme a hastado ou sagitado; inflorescência em forma de espádice, com pedúnculo com comprimento menor ou igual ao do pecíolo, protegida pela espata que se apresenta neste caso como estrutura tubular, curvada na parte superior, terminando em forma de capuz; espádice (mais curto ou mais comprido que a espata) com com 16 a 36 flores masculinas e 2 a 16 flores femininas, estas na base, estéril e dobrado na parte superior; fruto composto por 2 a 8 bagas; 1 a 12 sementes por cada baga.
Tipo biológico: geófito;
FamíliaAraceae;
Distribuição: Península Ibérica; Norte de África (Marrocos, Argélia e Tunísia); Ilhas Baleares; e Macaronésia (Madeira e Canárias).
Em Portugal, além de presente no arquipélago Madeira, ocorre também como espécie autóctone, com maior ou menor abundância, ao longo de grande parte do território do Continente. No arquipélago dos Açores surge como espécie introduzida.
Ecologia/ habitat: terrenos cultivados e incultos, taludes, bermas de estradas e caminhos, fendas e plataformas rochosas nitrificadas, em solos ácidos ou básicos, a altitudes até 840 m.
Floração: de Outubro a Abril.
(Avistamento: Serra do Risco (Arrábida); 4 - Dezembro - 2018)
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sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

Inaugurando a época das orquídeas: Salepeira-grande (Himantoglossum robertianum)


Salepeira-grande [Himantoglossum robertianum (Loisel.) P. Delforge]
Família: Orchidaceae;
Sinonímia: Orchis robertiana Loisel.; Barlia robertiana (Loisel.) Greuter;
Mais informação: aqui.
[Avistamento: PNArrábida;  27 - Janeiro - 2023)
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