Rapôncio-da-terra (Centaurea africana Lam.)
Herbácea, perene, da família Asteraceae, possui um caule com 50 a 100 cm de altura, geralmente simples, ou pouco ramificado; folhas quase todas basilares, serrado-dentadas; e flores, com o aspecto que as imagens documentam, reunidas em capítulos solitários e largamente pedunculados.
Distribui-se pelo centro e sul de Portugal, sudoeste de Espanha, Sicília e norte de África.
Floresce de junho a julho, surgindo, segundo o portal Flora.On, "em matos abertos, sobreirais e pinhais, geralmente em solos siliciosos".
As aqui reproduzidas foram encontradas na Arrábida, num declive à beira da estrada, em zona ladeada por matos, em solo calcário/margoso.
Que lembre, foi o primeiro contacto com a planta, e se fiquei satisfeito ao deparar com ela, também tive razão para algum desapontamento devido ao facto de ter constatado que entre as várias dezenas de exemplares existentes no local, a grande maioria apresentava as hastes florais cortadas. Ao todo e excluindo aquelas cujas flores ainda se mantinham resguardadas no invólucro do capítulo, escaparam à devastação dois únicos exemplares, talvez porque um tanto escondidos na sombra de uns arbustos. Confesso o meu espanto perante tanta inconsciência. Será que as pessoas que procedem desta forma saberão que, se as plantas não completarem as fases da floração e frutificação, não disporão de sementes para se reproduzirem no futuro? Ou sabendo, será que fala mais alto o egoísmo do que o respeito pela natureza e pela sua conservação?
(Local e data: Serra da Arrábida; 09 - julho - 2012)
(Clicando nas imagens, amplia)
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