quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Erva-bicha (Aristolochia paucinervis)




Erva-bicha (Aristolochia paucinervis Pomel)
Mais informação: aqui)
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Cheilanthes acrostica




Cheilanthes acrostica (Balb.) Tod.
Feto rizomatoso (tipo fisionómico: hemicriptófito) da família Pteridaceae. Distribui-se pela Região Mediterrânica, Médio Oriente e arquipélago de Cabo Verde. Em Portugal a sua ocorrência está limitada ao Alto Alentejo, Estremadura, Ribatejo e, dubitativamente, também à Beira Litoral.
Habitat: fissuras de rochas, geralmente, de natureza calcária, em locais secos.
Não é fácil a um simples curioso, distinguir entre as diversas espécies do género Cheilanthes, pois têm, para o leigo, aspecto muito semelhante. Para a identificar, servimo-nos, neste caso, como noutros, das informações disponibilizadas pelo Flora.On. Segundo este Portal da S.P.Botânica, o C. acrostica caracteriza-se pela existência de um pseudo-indúsio fimbriado. Se der uma vista de olhos aqui, ficará a saber, visualmente, tal como eu, que também não sabia, o que é o pseudo-indúsio.
Época de reprodução: não coincidem os autores consultados sobre o período de reprodução da espécie, variando as opiniões entre os períodos de Fevereiro a Junho e de Novembro a Dezembro. O que, de minha lavra, posso acrescentar a este respeito é que as fotografias supra foram obtidas em 14 - Janeiro- 2012, na Serra da Arrábida, encontrando-se as plantas em plena época de reprodução.
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sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Erva-vaqueira (Calendula arvensis)



Erva anual (tipo fisionómico: terófito) da família Asteraceae, (Ordem: Asterales), a Erva-vaqueira (Calendula arvensis L.) é também designada vulgarmente por Malmequer-dos-campos, Belas-noites e Calêndula-hortense. É uma planta cosmopolita (= presente na maior parte do globo) que floresce de Novembro a Maio e que surge em terrenos cultivados, incultos e em pousio e, com frequência na proximidade de estradas e caminhos. Em Portugal é uma planta bastante vulgar e o mesmo se pode dizer em relação à Serra da Arrábida, onde é fácil deparar com ela sobretudo durante o período de floração.
(Local e data: Serra da Arrábida; 03 - Dezembro - 2012)

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Erva-canária (Oxalis pes-caprae)




Erva-canáriaerva-azeda-amarelatrevo-azedoazedinha-amarela são alguns dos nomes vulgares  atribuídos a esta planta com o nome científico de Oxalis pes-caprae L. (sin. Oxalis cernua Thunb.). Planta exótica, originária da África do Sul, mas entretanto difundida por vastas regiões do globo. É altamente invasiva e de difícil erradicação, devido à sua propagação através dos múltiplos bolbilhos  que desenvolve. 
A Serra da Arrábida também não escapou à invasão, pois a espécie encontra-se em numerosos sítios, formando geralmente extensos tapetes.
Classificação: Divisão: Magnoliophyta; Classe: Magnoliopsida; Ordem: Oxalidales; Família: Oxalidaceae; Género: Oxalis; Espécie: Oxalis pes-caprae.
(Local e datas: Serra da Arrábida; 19 - Novembro 2012 e 03 - Dezembro 2012)
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segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Ononis viscosa subsp. breviflora




Ononis viscosa subsp. breviflora (DC.) Nyman*

Erva anual (tipo fisionómico: terófito), da família Fabaceae, com caules muito ramificados, hirsuto-glandulosos, ascendentes ou erectos que podem atingir entre 70 a 100 cm de altura.
Distribuição geral: Região Mediterrânica.
Aparentemente pouco vulgar em Portugal é, no entanto, dada como presente no Algarve, Ribatejo, Estremadura e Beira Litoral.
Habitat: Terrenos incultos, pastagens na orla de florestas, clareiras de matos, bermas de estradas e caminhos sobre substrato geralmente básico.
Floração: de Abril a Junho;
Sinonímia: Ononis breviflora DC. (basónimo).
(Local e data: Serra da Arrábida; 20 - Maio - 2011)

sábado, 10 de novembro de 2012

Helianthemum apenninum subsp. apenninum





Helianthemum apenninum (L.) Mill. subsp. apenninum

Arbusto da família Cistaceae, de pequeno porte (cerca de 30cm), em geral muito ramificado a partir da base, com caules ora erectos, ora ascendentes e mesmo prostrados; folhas de lineares a linear-oblongas, verde-escuras, algo tomentosas, com acentuada depressão ao longo da nervura central e com margens revolutas; inflorescências em cimeira com 3 a 10 flores, apresentando estas sépalas algo pubescentes e cinco pétalas brancas, mas amarelas na base (unha).
Distribui-se pela zona europeia da Região Mediterrânica, surgindo em terrenos secos, pedregosos, frequentemente calcários.
Em Portugal continental é dado como presente no Nordeste, no Centro Este e Centro Oeste incluindo a Serra da Arrábida, considerando abrangida por esta toda a zona costeira a sul do Cabo Espichel.
Floração: de Março a Agosto.
(Local e data:  Cabo Espichel - Serra da Arrábida; 28 - Maio - 2012)
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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Campainhas-de-Outono (Leucojum autumnale)




Campainhas-de-Outono (Leucojum autumnale L.*)
Herbácea, bolbosa, vivaz, (tipo fisionómico: geófito) da família Amaryllidaceae,  cuja altura pode variar entre 6 a 30cm; folhas (1 a 6)  unicamente basilares, filiformes, inteiras; flores (em regra,1 ou 2) campanuladas, brancas. 
Distribui-se pela Península Ibérica, Itália e Norte de África. Em Portugal distribui-se por quase todo o território do Continente.
Habitat: em clareiras de matos; terrenos incultos e em locais rochosos e arenosos, indiferente à natureza dos substrato.
Floração: de Agosto a Novembro.
*Sinonímia: Colchicum autumnale L.;Colchicum autumnale L. var. multiflorum Samp.; Colchicum multiflorum Brot.; Acis autumnalis (L.) Sweet
(Local e data: Serra da Arrábida; 28 - Outubro - 2012)

domingo, 28 de outubro de 2012

Cila-de-Outono (Scilla autumnalis)






Cila-de-Outono (Scilla autumnalis L.)
Planta herbácea, bolbosa, perene, encontra-se actualmente classificada como pertencendo à família Asparagaceae , depois de ter "abandonado" a família Hyacinthaceae.
É uma pequena planta cuja haste floral, a  primeira a surgir, pode variar, em altura, entre 10 a 30 cm embora, por regra, não vá além dos 20cm. As folhas, em número variável (2 a 6) são todas basais.
Distribui-se por grande parte da  Europa, pelo sudoeste asiático e pelo noroeste de África, surgindo em clareiras de matos, em terrenos incultos e em locais rochosos, por vezes, mesmo nas fendas de rochas, sendo, aparentemente, indiferente à composição dos substratos, pois ocorre em solos argilosos, arenosos, calcários, siliciosos e até mesmo xistosos.
É fácil a sua identificação, pois é a última do seu género a florir, podendo a floração decorrer desde Agosto até Novembro. 
(Local e data: Serra da Arrábida; 28 - Outubro - 2012)

domingo, 21 de outubro de 2012

Cravinho-bravo (Dianthus broteri)



Cravinho-bravo (Dianthus broteri Boiss. & Reut.)
Erva vivaz, de caules múltiplos, podendo atingir até 50 cm, cespitosa, da família Caryophyllaceae
É um endemismo ibérico que se distribui pelo sul de Espanha e pelo centro e sul de Portugal, ocorrendo em clareiras de matos, em terrenos secos, frequentemente pedregosos, sobre substrato geralmente calcário ou margoso e, eventualmente, nas areais das dunas.
Distingue-se de outras espécies pelas pétalas de cor entre o quase branco e o rosa, com o limbo profundamente dividido (laciniado)
Floração: de Abril a Julho.
Nomes comuns: Em português encontrei apenas uma referência a "Cravinho-bravo". Em Espanha, a espécie é designada por Clavelina de pastorClavellina de Doñana, Clavellina de monte.
(Local e data: altiplano da Azóia, a sul do cabo Espichel; 1 de Junho de 2011) 

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Orelha-de-lebre (Cynoglossum creticum)





Orelha-de-lebre ou Cinoglossa-de-flor-listrada (Cynoglossum creticum Mill.)

Planta da família Boraginaceae, distribui-se pela Europa meridional, Ásia central e ocidental e, em geral, pela Região Mediterrânica.
Em Portugal, ocorre sobretudo no centro e sul do território do continente e no arquipélago dos Açores, em terrenos de pousio e à margem de estradas e caminhos. 
(Local e data: Serra da Arrábida; 30 - Abril - 2012);
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sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Língua-de-cão (Cynoglossum clandestinum)








Língua-de-cão * (Cynoglossum clandestinum Desf.)
Planta bienal ou vivaz, da família Boraginaceae, com caule (entre 30 a 50 cm) simples ou fracamente ramificado, viloso-tomentoso (coberto de pêlos macios e compridos); folhas fracamente pecioladas, amplexicaules, lanceoladas ou lanceolado-lineares, tomentosas em ambas as páginas (superior e inferior); flores  com corola sempre fechada, reunidas em cimeiras.
Distribuição geral: Região Mediterrânica Ocidental (Península Ibérica, Sicília, Sardenha; norte de África, incluindo Marrocos, Argélia, Tunísia e Líbia).
Em Portugal está presente, pelo menos, no Algarve, Alto Alentejo, Estremadura e Beira Litoral. E na Serra da Arrábida, seguramente, digo eu. 
Ocorre em terrenos secos e descobertos, incluindo à beira de caminhos, qualquer que seja a composição do solo.
Floração: de Fevereiro a Maio.
*Outro nome comum: Cinoglossa-de-flor-fechada
(Local e datas: Serra da Arrábida; Março/Abril 2012)

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Cebola-albarrã (Urginea maritima)

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 (3)

(4)
Cebola-albarrã, ou Cebola-do-mar [Urginea maritima (L.) Baker]
Planta herbácea, vivaz, bolbosa, inicialmente incluída na família Hyacinthaceae, dela transitou para se fixar  na família Asparagaceae.
Distribui-se por toda a Região Mediterrânica e Canárias. Pese embora o epíteto específico de maritima, ou da sua designação como "Cebola-do-mar", a verdade é que a sua ocorrência está longe de estar limitada ao litoral. Em Portugal, por exemplo, encontra-se por quase todo o território do Continente, embora o seu aparecimento seja mais frequente no centro e sul.
Tem o seu habitat preferencial em fendas de rochas, frequentemente em arribas à beira do mar, em clareiras de matos e de bosques, em descampados, à beira de estradas e caminhos, sobre solos argilosos, argilo-xistosos, calcários, margosos e arenosos.
O comportamento da espécie é algo pecular: nos finais do Outono, princípios do Inverno surgem as folhas que, com a chegada do calor no final da Primavera, secam por completo, desaparecendo a planta literalmente da vista, ficando reduzida ao bolbo enterrado. Em meados de Agosto, ou até mais tarde, a planta lança uma haste floral que pode atingir mais de um metro de altura, apresentando uma inflorência, em espiga, que com frequência ultrapassa meio metro de comprimento.
Floração: de Agosto a Outubro.
[Local e datas: Serra da Arrábida; 11 - Setembro - 2012( Fotos 1, 2 e 3); 15 - Janeiro - 2012 (foto 4)]

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Salsaparrilha (Smilax aspera)




A Salsaparrilha (Smilax aspera L.) também designada por Salsaparrilha-bastarda, Salsaparrilha-brava e Salsaparrilha-rugosa é uma planta trepadeira que se distribui pelo Sul da Europa e por boa parte da Ásia, África e Macaronésia. Em Portugal encontra-se por todo o Sul e Centro do país e em algumas regiões do Norte, em matagais e bosques pouco densos.
Classificação: Divisão: Magnoliophyta; Classe: Liliopsida; Ordem: Liliales; Família:Smilacaceae; Género: Smilax.

(Local e datas: Serra da  Arrábida; fevereiro/março - 2012)
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