sábado, 30 de novembro de 2013

Allium triquetum



Allium triquetum L.
Erva bulbosa, perene (tipo biológico: geófito) da família Amaryllidaceae, com hastes florais fistulosas (= ocas) de secção triangular, que podem atingir até cerca de 50 cm de altura; folhas lineares, glabras, relativamente largas, tão ou mais compridas que a haste floral; flores  campanuliformes com tépalas brancas lisas, raiadas de verde ao centro, agrupadas em inflorescências terminais, umbeliformes,  pendentes e pouco densas.
Distribuição: espécie nativa do Sudoeste da Europa e do Noroeste de África, encontra-se, no entanto, distribuída e naturalizada em várias outras partes do globo (América do Sul e do Norte, Austrália, Turquia e Grã Bretanha) onde foi introduzida, certamente, em função do seu uso como planta ornamental e não tanto devido ao facto de as partes aéreas serem consideradas comestíveis, utilização que me parece não ser frequente.
Em Portugal, a planta surge, quer como espécie autóctone (Estremadura, Beira Litoral e Minho), quer como espécie introduzida, como é o caso dos arquipélagos da Madeira e dos Açores e como eventualmente pode ser o que também se passa noutras regiões do território do Continente, onde, por vezes, se encontra em ambiente silvestre.
Ecologia/ habitat: Prados, orlas e clareiras de bosques, margens de cursos de água, bermas de estradas e caminhos e, em geral, em sítios algo húmidos e sombrios.
Floração: De Janeiro a Maio.
(Local e datas; Serra da Arrábida; 10/12 - Março - 2013)

domingo, 24 de novembro de 2013

Margarida-menor (Bellis annua subsp. annua)




Margarida-menor *(Bellis annua L. subsp. annua

Erva anual (tipo biológico: terófito) da família Asteraceae.
De menor porte que as demais congéneres, distingue-se delas, sobretudo, pela forma das folhas, de oblanceoladas ou obovadas a espatuladas, com margens crenado-dentadas.
Distribuição: Região Mediterrânica. Presente também em várias regiões de Portugal Continental (Algarve, Alto e Baixo Alentejo, Ribatejo, Estremadura, Beira Alta, Minho e Trás-os-Montes)
Ecologia/habitat: Prados anuais, clareiras de matos, bermas de estradas e caminhos, em locais com alguma humidade.
Floração: de Janeiro a Junho.
* Outros nomes comuns: Bonina-dos-prados; Bonina-dos-campos; Margarida-anual. 
(Local e data: Serra da Arrábida; 4/27 - Fevereiro - 2013)

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Tomilho-peludo (Thymus villosus)




Tomilho-peludo (Thymus villosus L.)
Pequeno arbusto, aromático,  da família Lamiaceae, com caules (12 a 30 cm de altura), mais ou menos erectos, raramente decumbentes; folhas numerosas, lineares ou linear-lanceoladas; inflorescência capituliforme, densa, com flores tubulares, bilabiadas de cor creme ou púrpura.
A espécie, segundo a Flora Ibérica divide-se em três subespécies, a saber: Thymus villosus subsp. villosus, planta endémica de Portugal continental (com distribuição limitada ao Algarve, Alto  e Baixo Alentejo, Beira Baixa, Estremadura e Ribatejo); Thymus villosus subsp. lusitanicus, planta endémica da Península Ibérica, (com ocorrência limitada em Portugal, à Beira Litoral e Estremadura); e Thymus villosus subsp. velascoi (presente apenas em território espanhol).
Considerando apenas as duas subespécies com distribuição em Portugal, dir-se-á, recorrendo à mesma fonte, que a subespécie Th. v. villosus tem o seu habitat em matos poucos densos, medronhais e pinhais, a altitudes indo desde os 160m até aos 440m, enquanto a subespécie  Th. v. lusitanicus ocorre em terrenos ácidos (quartzitos, xistos e areias), podendo surgir a altitudes entre os 230 e os 800 m e, raramente, em substrato calcário, dado este que me leva a presumir que nas fotografias supra se encontra representada a subespécie villosus, uma vez que as fotografias foram na verdade obtidas em local com predominância de solos calcários.
Floração: desde finais de Março até princípios de Julho.
[Local e data: Cabo Espichel - Serra da Arrábida; 28 - Maio - 2012]
(Clicando nas imagens, amplia)