sábado, 30 de junho de 2012

Cardo-estrelado (Centaurea calcitrapa)

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Cardo-estrelado (Centaurea calcitrapa L.)
Originária de grande parte da Europa, incluindo Portugal e, em geral, de toda a Região Mediterrânica, esta planta da família Asteraceae, foi introduzida e naturalizada noutras regiões do globo, sendo nalgumas delas considerada como planta daninha. Nas regiões de origem, surge em terrenos incultos, à beira e mesmo no meio de caminhos pouco movimentados e em locais com alguma espécie de intervenção humana.
[Local e datas: Serra da Arrábida: 27 - o6- 2012 (fotos 1, 2 e 3); 09-05-2012 (fotos 4 e 5); 21- o4- 2012 (foto 6); 29 -02-2012 (foto 7)]
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Serratula baetica subsp. lusitanica




Serratula baetica DC. subsp. lusitanica Cantó 
Herbácea perene da família Asteraceae, apresenta caule erecto que pode atingir até 90 cm, geralmente simples, raramente bi-ramificado, com folhas até ao ápice; folhas basilares pecioladas, lanceoladas, inteiras ou laciniadas, apresentando pêlos esparsos em ambas as faces do limbo, mais abundantes nas margens; as caulinares, sésseis ou sub-sésseis, lanceoladas, inteiras, dentadas ou serradas, por vezes laciniado-lanceoladas; flores de cor púrpura ou rosadas reunidas em capítulos terminais, com formato cilíndrico oblongo-ovóide ou campaniforme, protegidos por brácteas linear-triangulares providas de espinhos.
Trata-se dum endemismo português limitado ao centro e sul do país, com ocorrências confirmadas desde as Serras de Aire e Candeeiros (no centro) até ao Algarve, passando pela Estremadura, Serra da Arrábida e Alentejo. 
Paloma Cantó, autora de um estudo a que em nota final farei referência, distingue duas formas dentro da subespécie, correspondentes a outras tantas populações: a f. lusitanica, de populações basófilas (Algarve e Serra da Arrábida), caracterizada pela predominância de folhas inteiras e a f. sampaiana, de populações silicícolas, portadoras de folhas laciniadas. Como os exemplares acima reproduzidos foram todos fotografados na Serra da Arrábida não será ousada a conclusão de que se enquadram na f. lusitanica.
Floração: de maio a junho.
(Local e data: Serra da Arrábida; 22 - maio - 2012)
Nota final: Na descrição supra segui de perto um estudo da citada autora Paloma Cantó, estudo que me foi facultado pelo Miguel Porto, responsável, além do mais, pela concepção e programação do Portal Flora-On a quem fico a dever também a preciosa colaboração na identificação da planta. Cumpre-me, no entanto, assinalar, que as eventuais incorrecções ou imprecisões contidas no texto supra são da minha lavra e, logo, da minha inteira e exclusiva responsabilidade.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Cardo-do-coalho (Cynara cardunculus)

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Cardo-do-coalho (Cynara cardunculus L.)
Também designada por Cardo-hortense e Cardo-manso, esta planta, da família Asteraceae, surge espontânea na Região Mediterrânica, incluindo em Portugal, em terrenos, frequentemente, pedregosos, mas também é cultivada. A designação de Cardo-do-coalho advém do facto de as suas flores, depois de secas, serem utilizadas no fabrico do queijo, como coagulante do leite.
[Local e datas: Serra da Arrábida; 27- junho - 2012 (fotos 1, 2, 3 e 4); 27 - janeiro - 2012 (foto 5)]
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quarta-feira, 27 de junho de 2012

Cardo-penteador-de-folhas-recortadas (Dipsacus comosus)Hoffmanns. & Link

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Cardo-penteador-de-folhas-recortadas (Dipsacus comosus Hoffmanns. & Link)
Planta herbácea, bienal, da família Dipsacaceae. Apresenta caules erectos, aculeados, que podem elevar-se até 3m de altura; folhas basilares, sésseis e sinuadas; as caulinares, sésseis e penatifendidas e as distais, lineares e inteiras; flores brancas dispostas em espiga cilíndrica, protegida por brácteas em forma de sovela com espinhos. É considerada como mais um endemismo ibérico, ocorrendo em Portugal no centro e sul do território, frequentemente em terrenos (cultivados e incultos) temporariamente encharcados, embora também se encontre em terrenos pedregosos e menos húmidos. 
Floração: de maio a setembro.
[Local e datas: Serra da Arrábida; 27- junho - 2012 (fotos 5, 6 e 7); 13 - abril - 2012 (fotos 1 e 8); 09 - maio - 2012 (fotos 2, 3 e 4)]
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sábado, 2 de junho de 2012

Corriola-do-Espichel (Convolvulus fernandesii)





Corriola-do-Espichel (Convolvulus fernandesii P.Silva & Teles)
A "Corriola-do-Espichel" pode não ser dotada duma beleza surpreendente, mas é, em todo o caso, uma jóia rara,  porque é um endemismo português e, para mais, restrito à área do Cabo Espichel e ao litoral da Serra da Arrábida. Rara, mas também difícil de encontrar, porque tem o seu habitat limitado ás escarpas e fendas abertas ao longo das arribas do litoral. Eu próprio o posso dizer, porque só à terceira tentativa é que consegui deparar com ela  no fundo duma ravina cavada na falésia, a que se tem acesso seguindo por um carreiro traçado e frequentado, suponho eu, por pescadores, carreiro que, tendo em conta o declive, não é recomendável a senhoras com sapatos de salto alto, nem a cavalheiros com sapatos com gáspeas de sola.
Trata-se dum arbusto ramificado, com flores brancas, mais ou menos frondoso, consoante a profundidade e qualidade do solo onde se encontra implantada e que se comporta como planta trepadeira que se enrola no suportes mais próximos, geralmente, outras plantas. As silvas fazem, frequentemente, esse papel como no caso que descrevo. 
Porque se trata duma espécie rara, faz sentido referir que as plantas encontradas, ainda em floração, mas também já com frutos a amadurecer (v. última foto) apresentavam excelente aspecto vegetativo. Compreensivelmente, aliás, pois o local dispõe de bons sedimentos carreados pelas águas da chuva que, convergindo do altiplano da Azóia, acabam por se precipitar naquele local.
Floração: de fevereiro a junho.
(Local e data: Cabo Espichel - Serra da Arrábida; 28 - maio - 2012)
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