sábado, 12 de dezembro de 2020

Malva (Malva sylvestris)


 


Malva * (Malva sylvestris L.)
Erva bienal ou perene, com caules erectos ou ascendentes que podem atingir até 150 cm; folhas mais ou menos longamente pecioladas, com limbo aproximadamente cordiforme com 3 a 7 lóbulos crenados ou serrados; flores com 2 a 6 cm de diâmetro, dispostas em fascículos axilares ou agrupadas no extremo dos ramos, raramente solitárias; epicálice composto por 3 peças elípticas ou oblongo-ovadas, completamente livres entre si; cálice formado por sépalas triangulares ou triangular-ovadas, não acrescentes na frutificação; pétalas profundamente emarginadas, de cor púrpura ou azulada, cores claramente acentuadas nas nervuras, em ambos os casos.
Tipo biológico: hemicriptófito;
Família: Malvaceae;
Distribuição: Europa, Norte de África, Sudoeste da Ásia e Macaronésia (Madeira). Introduzida e naturalizada na América Central e do Norte.
Em Portugal ocorre, como espécie autóctone, não apenas, como referido, no arquipélago da Madeira, mas também em quase todo o território do Continente. Enquanto espécie introduzida encontra-se também presente no arquipélago dos Açores.
Ecologia/habitat: relvados nitrificados, campos agrícolas, cultivados e incultos, baldios, bermas de estradas e caminhos, a altitudes até 1500 m. Planta ruderal, arvense e viária.
Floração: de Abril a Setembro.
Observação: planta usada em fitoterapia, sendo-lhe atribuídas propriedades anti-inflamatórias, emolientes e laxantes.
* Outros nomes comuns: Malva-das-boticas; Malva-comum; Malva-maior;Malva-mourisca; Malva-selvagem; Malva-silvestre.
[Local e datas: Serra do Louro (Arrábida); 7 - Maio - 2017 (fotos 1, 3 e 5); 4 - Março - 2020 (fotos 2 e 4)]
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terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Vicia parviflora



Vicia parviflora Cav.
Erva anual, trepadora, com caules erectos ou procumbentes que podem atingir até 50cm; folhas curtamente pecioladas, com 2 a 4 pares de folíolos, terminando em gavinha não ramificada; flores com pétalas de cor lilás, rosa, azul; amarelada ou esbranquiçada.
Características que convém confirmar:
"-Fruto estipitado (com um pedúnculo dentro do cálice) e glabro. -Inflorescências com o pedúnculo claramente mais comprido que a respectiva folha.(...)" (fonte)
Tipo biológico: terófito; escandente;
Família: Fabaceae (Leguminosae)
Distribuição: Sul e Oeste da Europa; Ásia Menor; Noroeste de África e Macaronésia (arquipélagos dos Açores; Madeira e Canárias).
Em território português, ocorre não apenas nos arquipélagos dos Açores e da Madeira, mas também em todas as regiões do Continente. 
Ecologia/habitat: terrenos de pastagem secos; orlas e clareiras de bosques e matagais, a altitudes até 1600m. 
Floração: de Fevereiro a Julho.
(Local e data do avistamento: Arrábida; 19  - Abril - 2017)
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terça-feira, 10 de novembro de 2020

Lírio-dos-tintureiros (Reseda luteola)





Lírio-dos-tintureiros * (Reseda luteola L.)
Planta anual ou bienal, com caules erectos, glabros, simples ou ramificados que podem atingir até cerca 100cm de altura; folhas inteiras, com margem geralmente ondulada; inflorescência em cacho especiforme, densa; flores hermafroditas, tetrâmeras, com 4 sépalas persistentes e 4 pétalas amarelas ou branco-amareladas; fruto (cápsula) subgloboso, glabro ou papiloso, com sulcos profundos; sementes ovóides, lisas, escuras, brilhantes.
Tipo biológico: terófito ou hemicriptófito;
Família: Resedaceae;
Distribuição: Europa, Norte de África, Oeste da Ásia e Macaronésia. Introduzida e naturalizada na América.
Em Portugal, ocorre como espécie autóctone em todo o território do Continente e no arquipélago da Madeira e como planta introduzida no arquipélago dos Açores.
Ecologia/habitat: planta arvense e ruderal, presente em campos cultivados e incultos, baldios, bermas de estradas e caminhos, entulheiras, preferentemente em solos arenosos, a altitudes até 1700m.
Floração: ao longo de boa parte do ano, com maior intensidade de Fevereiro a Setembro.
Observação: planta outrora cultivada para obtenção de um corante amarelo usado em tinturaria.
* Outros nomes comuns: Erva-dos-ensalmos; Gauda.
[Local e datas: Serra de S. Luís (Arrábida): Março/Abril 2012)]

domingo, 4 de outubro de 2020

Spiranthes spiralis





Spiranthes spiralis (L.) Chevall.
Erva perene (tipo biológico: geófito) com 2 a 4 tubérculos e haste floral de pequeno porte (6 a 27 cm) aproveita para florir numa época em que as ervas circundantes ainda se encontram no início do seu desenvolvimento e em que, por isso, tem melhores condições para beneficiar da luz solar e para se fazer notar. E mesmo assim pode facilmente passar despercebida, porque também as flores, dispostas em espiral, embora gráceis, apresentam uma cor discreta e são de pequenas dimensões.
Família: Orchidaceae;
Distribuição:  Centro e Sul da Europa e por toda a região costeira do Mediterrâneo. Em Portugal, a Flora Ibérica dá-a como presente, com certeza, na Estremadura e na Beira Litoral, admitindo como provável a sua ocorrência no Algarve, Alto Alentejo, Ribatejo, Douro Litoral e Trás-os-Montes. Tendo, no entanto, em conta os registos já existentes no Portal Flora.On, podemos considerar que, pelo menos, no Algarve, Ribatejo e Douro Litoral, a sua presença é uma certeza e não mera probabilidade.
Ecologia/habitat: prados, clareiras de matos, espaços entre rochas, bermas de caminhos e dunas, a altitudes que vão desde o nível do mar até aos 1500 m.
(Local e data: Arrábida; 4 - Outubro - 2020)

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Açafrão-bastardo (Colchicum lusitanum)

 


Açafrão-bastardo *(Colchicum lusitanum Brot.)
Erva vivaz, tubero-bulbosa (tipo biológico: geófito) da família Colchicaceae, cuja parte aérea pode atingir até 10 cm. 
Tem duas características interessantes: floresce de Setembro a Novembro, mas as folhas só despontam na Primavera; as tépalas apresentam um padrão axadrezado, característica que a distingue de outras plantas do mesmo género e da mesma família.
Distribuição: Itália, Península Ibérica e Norte de África.
Ecologia/habitat: orla e clareiras de bosques e matagais, em terrenos pedregosos de origem calcária.
* Outros nomes comuns: Cebola-venenosa; Cólchico; Cólquico; Dama-nua; Dedo-de-Mercúrio; Lírio-verde; Mata-cão; Morte-de-cães; Narciso-do-outono (fonte)
(Local e data: Arrábida; 28 - Setembro - 2020)
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quarta-feira, 13 de maio de 2020

Hyoseris scabra





Hyoseris scabra L.
Erva anual de reduzidas dimensões (5 a 10cm); folhas com lóbulos dentados e apiculados, todas dispostas em roseta basal; flores com lígulas amarelas agrupadas em pequeno número (5 a 12) em capítulos estreitos.
Tipo biológico: terófito;
Família: Asteraceae;
Distribuição: Região Mediterrânica;
Em Portugal ocorre apenas no território do Continente, circunscrita à Estremadura e Algarve.
Ecologia/habitat: terrenos de pastagem secos, em solos calcários.
Floração: de Fevereiro a Maio.
[Local e data da observação: Serra do Risco (Arrábida); 6 - Fevereiro - 2019]
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quinta-feira, 9 de abril de 2020

Erva-de-São-Roberto (Geranium purpureum)




Erva-de-São-Roberto * (Geranium purpureum Vill.)
Erva anual, com caule com 5 a 40 cm revestido com pêlos patentes geralmente glandulíferos; folhas palmatissectas, com contorno poligonal, pilosas em ambas as páginas; flores (agrupadas em cimeiras bifloras), com corola purpúrea, com 10 estames com anteras de cor amarela.
É uma planta com "hábito" tão semelhante ao da sua congénere Geranium robertianum, que ambas são conhecidas pelos mesmos nomes vernaculares e, designadamente, pelo mais comum de Erva-de-São-Roberto. 
As caraterísticas que mais facilmente permitem a um observador comum distinguir as 2 espécies são: i) a cor das anteras (purpúreas no G. robertianum e amarelas no G. purpureum); ii) o tamanho das pétalas (maiores no G. robertianum do que no G. purpureum, característica esta que, todavia, não se revela de grande utilidade a menos que estejam disponíveis, simultaneamente, exemplares das duas espécies, pois doutra forma será impossível a comparação. 
Tipo biológico: terófito;
Família: Geraniaceae;
Distribuição: planta com larga distribuição mundial, quer como planta autóctone (quase em toda a Europa, Oeste da Ásia, Leste tropical e Noroeste de África e Macaronésia), quer como espécie introduzida (Califórnia, na América do Norte, Sul de África, América do Sul e Nova Zelândia)
Em Portugal ocorre como espécie autóctone, quer em todo o território do Continente, quer no arquipélago da Madeira e como espécie introduzida no arquipélago dos Açores.
Ecologia/habitat: pastagens anuais; taludes; bermas de estradas e caminhos; orlas e clareiras de bosques e matagais, com frequência em locais algo sombrios, a altitudes até 2000m.
Floração: de Fevereiro a Julho.
* Outros nomes comuns: Erva-roberta; Bico-de-grou.

quarta-feira, 1 de abril de 2020

Ranunculus ollissiponensis subsp. ollissiponensis




Ranunculus ollissiponensis subsp. ollissiponensis
Erva vivaz, com 4 a 40cm, com raízes tuberosas napiformes; haste floral simples ou ramificada, em geral, densamente pilosa; folhas dispostas em roseta basal longamente pecioladas (com pecíolo que pode atingir até 11cm); flores com cerca 3 cm de diâmetro; frutos cilíndricos, estreitos, alongados até 2 cm; aquénios comprimidos, planos, com pico recurvado em forma de gancho. 
Tipo biológico: geófito;
Família: Ranunculaceae;
Distribuição: planta endémica da Península Ibérica.
Em Portugal ocorre em quase todo o território do Continente. O Algarve surge como a única (e provável) excepção.
Ecologia/habitat: terrenos de pastagem; orlas e clareiras de bosques e matagais, frequentemente em solos pedregosos, a altitudes desde 200 a 1800m. 
Floração: de Fevereiro a Junho.
(Local e data do avistamento: Serra da Arrábida; 9 - Março - 2020)
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terça-feira, 10 de março de 2020

Arruda-dos-muros (Asplenium ruta-muraria subsp. ruta-muraria)



Arruda-dos-muros (Asplenium ruta-muraria subsp. ruta-muraria)
Feto provido de rizoma muito ramificado (tipo biológico: geófito) da família Aspleniaceae.
Distribuição: Regiões temperadas do Hemisfério Norte. Presente também no território de Portugal Continental, designadamente, na Estremadura, Ribatejo, Beira Litoral e Douro Litoral.
Ecologia/habitat: fendas de rochas e muros de pedra, em geral, de origem calcária, a altitudes até 2600m . 
(Local e data do avistamento: Serra da Arrábida, 9 - Março - 2020)
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sábado, 29 de fevereiro de 2020

Quaresmas (Saxifraga granulata)







Quaresmas, ou Sanícula-dos-montes (Saxifraga granulata L.)
Erva vivaz, provida de abundantes pêlos compridos, flexíveis, glandulosos, com haste floral escassamente ramificada que pode elevar-se até 60 cm de altura; folhas basais, claramente pecioladas, com limbo reniforme e margens crenadas ou ligeiramente lobadas; flores com pétalas (em geral, 5) de cor branca com nervos escuros, glabras, espatuladas, ou obovadas, dispostas em panículas pouco densas.
Tipo biológico: hemicriptófito;
Família: Saxifragaceae
Distribuição: Europa e Ásia. Em Portugal distribui-se por todo o território do Continente.
Ecologia/habitat: espécie rupícola, surge, principalmente em taludes e plataformas rochosas, fendas de rochas ou de paredes de pedra solta para suporte de terras, em locais húmidos, sobre solos ácidos ou básicos.
Floração: de Fevereiro a Junho
(Local e data: Serra da Arrábida; 28 - Fevereiro - 2020)
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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Macela-de-São-João (Achillea ageratum)






Macela-de-São-João* (Achillea ageratum L.)

Planta herbácea, da família Asteraceae, com base lenhosa, caules simples ou ramificados (20-80 cm de altura), folhas basilares pecioladas e recortadas; as superiores sésseis e com margens serradas; flores pequenas e numerosas agrupadas em inflorescências dispostas em corimbos coloridos de amarelo-forte.
É considerada nativa da Região Mediterrânica Ocidental. Em Portugal ocorre sobretudo, no centro e sul do país, em terrenos incultos, geralmente húmidos, normalmente, em solos mais ou menos argilosos e calcários
A época da floração é, frequentemente, situada entre os meses de Julho e Setembro, mas as plantas das imagens já estavam em plena floração no início de Junho.
* Outras designações comuns: Macela-francesa; Mil-em-rama; Milfolhada. 
(Local e data: Serra da Arrábida; 1 - Junho - 2017)
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quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Inaugurando a época das orquídeas na Arrábida...



Salepeira-grande [Himantoglossum robertianum (Loisel.) P. Delforge; sin.: Barlia robertiana (Loisel.) Greuter]
Local e data: Arrábida (Serra do Louro); 16 - Janeiro - 2020

quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

Ornithogalum pyrenaicum



Ornithogalum pyrenaicum L.
Erva bulbosa, perene que se distribui por grande parte da Europa, pelo Sudoeste da Ásia, e pelo Norte de África (Marrocos). 
Em Portugal a espécie ocorre em grande parte do território do Continente e também na área do Parque Natural da Arrábida, embora não sejam muito frequentes os avistamentos nessa área, onde presumo, por isso, que não será particularmente abundante.
Segundo esta fonte, esta e esta, a planta, ao brotar é comestível. Daí que, em francês, a espécie seja conhecida pelas designações comuns de asperge des bois e aspergette e, em inglês, por Prussian asparagus, wild asparagus e Bath Asparagus. Em Portugal é que ainda se não descobriu esta utilidade da espécie, o que não admira, pois ainda nem sequer se encontrou um nome para a designar em vernáculo.
Floresce de Maio a Julho.
(Local e data: Parque Natural da Arrábida; 21 - Maio - 2018)