quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Paliteira (Ammi visnaga)



Paliteira * [Ammi visnaga (L.) Lam.]
Erva anual ou bienal, glabra, (tipo fisionómico: terófito), da família Apiaceae, com caule (geralmente com 40  a 100 cm de altura), robusto, algo suculento, normalmente ramificado; com folhas bi-penatissectas, ou tri-penatissectas, com segmentos de última ordem, estreitos, com margem inteira e aproximadamente lineares; e com flores, com pétalas brancas, agrupadas em inflorescências em forma de umbela composta de umbélulas.
Nativa da Região Mediterrânica, trata-se duma espécie que é cultivada nalguns países, supostamente devido à sua utilização na higiene oral e também em fitoterapia, por, alegadamente, os seus componentes terem acção anti-espasmódica e efeito bronco-dilatador. Tenha sido, ou não, essa razão, o facto é que foi introduzida como planta cultivada noutras regiões do globo, designadamente na América do Norte, onde, entretanto, se naturalizou.
Em Portugal, ocorre segundo esta fonte, no Alto Alentejo, Estremadura, Beira Litoral e Minho e também, tendo em conta a minha própria observação, na Península de Setúbal.
Habitat em terrenos cultivados, incultos ou em pousio, à beira de caminhos e mesmo em terrenos recentemente revolvidos e perturbados. 
Floração: de Maio a Setembro
*Outros nomes comuns: Bisnaga-das-searasFuncho-silvestreNinhos-de-perdiz.
(Local e data: Serra de S. Luís -  Arrábida; 2e - Maio - 2012)
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Alho-porro-bravo (Allium ampeloprasum)





Alho-porro-bravo *(Allium ampeloprasum L.)
Erva perene, bulbosa (tipo biológico: geófito) com bolbo ovóide ou globoso, com 1 a 30 bolbilhos; caule circular maciço que pode atingir mais de 1 m de altura; folhas dispostas na metade inferior do caule, glabras, sésseis, com uma bainha membranosa envolvendo o caule; flores, em geral, numerosas, ovóides, por vezes substituídas por bolbilhos, agrupadas em inflorescências esféricas ou semi-esféricas, densas.  
Distribuição: Sul da Europa (desde a Península Ibérica até aos Balcãs); Norte de África (desde Marrocos até ao Egipto); Oeste da Ásia (Turquia, Cáucaso e Iraque). Como espécie introduzida encontra-se na Austrália e América do Sul e do Norte.
Em Portugal ocorre, como espécie autóctone, no território do Continente (Algarve, Alto e Baixo Alentejo, Beira Alta, Beira Baixa, Estremadura, Ribatejo e Trás-os-Montes e, como planta introduzida, nos arquipélagos dos Açores e da Madeira.
Ecologia/habitat: Clareiras de bosques e de matagais, prados, locais rochosos, dunas, campos cultivados e baldios, bermas de estradas e caminhos, a altitudes até 1200m.
Floração: de Abril a Julho.
Nota: É comestível. O designado Alho-francês ou Alho-porro  (A. ampeloprasum var. porrum) não passa, ao que parece, duma variedade cultivada do A. ampeloprasum.
*Outros nomes comuns: Alho-de-verãoAlho-PorroAlho-bravoAlho-francêsChalotas.
[Local e datas: Serra da Arrábida;  Maio - 2012) 

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Fumana thymifolia







Fumana thymifolia (L.) Spach ex Webb
Pequeno arbusto, glanduloso, muito ramificado, com ramos ascendentes ou erectos que podem atingir cerca de 30cm.
Tipo biológico: caméfito;
Família: Cistaceae;
Distribuição: toda a Região Mediterrânica. Em Portugal está presente apenas no território do Continente, distribuindo-se pelo Algarve, Alto e Baixo Alentejo, Estremadura, Ribatejo e Beira Litoral.
Ecologia/habitat; Matagais e tomilhais em locais com boa exposição solar, em terrenos pedregosos ou não, em solos calcários ou descarbonatados, a altitudes até 1200m.
Floração: de Março a Maio.
*Sinonímia: Cistus thymifolius L. (Basónimo)
(Local e data: Serra da Arrábida; 15 - Maio - 2012)
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sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Centaurea sphaerocephala subsp. lusitanica




Centaurea sphaerocephala L. subsp. lusitanica (Boiss. & Reut.) Nyman 
Erva perene (tipo biológico: hemicriptófito) da família Asteraceae.
Apresenta algumas características que a diferenciam não só das suas congéneres mas também de outras subespécies da mesma espécie. Apresenta, designadamente, "folhas caulinares claramente decurrentes, isto é, prolongando-se pelo caule abaixo do ponto de inserção" e "grande parte dos apêndices das brácteas com 5 espinhos" (fonte).
Distribuição: Trata-se de um endemismo português, concentrando-se as suas populações, ao que parece, na Estremadura, Ribatejo e Beira Litoral.
Ecologia/habitat: Pousios, orlas de campos cultivados e incultos; clareiras de matos e bermas de estradas e caminhos, sobre substrato calcário.
Floração: de Abril a Setembro.
(Local e data: Serra da Arrábida; 20 - Maio - 2013)

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Serralha (Sonchus oleraceus)







Serralha *(Sonchus oleraceus L.) 
Planta anual ou vivaz (tipo biológico: terófito ou hemicriptófito) da família Asteraceae.
Cresce espontaneamente em Portugal, como, aliás, em muitas outras regiões do globo.
A crer nesta fonte, a planta tem propriedades medicinais e é comestível, sendo usada em saladas e em cozidos. 
A floração decorre praticamente ao longo de todo o ano.
* Outros nomes comuns: Serralha-macia; Serralha-branca.
(Local e data: Serra da Arrábida; 4/11 - Janeiro - 2015)

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Erva-maleiteira (Euphorbia helioscopia subsp. helioscopia)



Erva-maleiteira (Euphorbia helioscopia L. subsp. helioscopia)
Erva anual (tipo biológico: terófito) da família Euphorbiaceae.
É originária da Europa (Portugal incluído), Ásia e Noroeste de África. 

Em Portugal, onde é bastante comum, podendo encontrar-se  em campos cultivados e incultos, em baldios, bermas de estradas e caminhos, bem como em locais perturbados,  é conhecida por vários outros nomes vulgares, além do referido em título, e, designadamente, por Erva-leiteira; Erva-maleita; Erva-olha-o-sol; Leitarega; Leitariga; Leiteira; Maleiteira; e Titímalo-dos-vales.
(Local e data: Serra da Arrábida; 18 - Fevereiro - 2014)

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Erva-confeiteira (Galium verrucosum subsp. verrucosum)







Erva-confeiteira, ou Raspa-língua (Galium verrucosum Huds. subsp. verrucosum)
Erva anual (tipo biológico: terófito) da família Rubiaceae, multicaule, com ramos ascendentes ou erectos que podem elevar-se até cerca de 50cm.
Diz a minha (fraca) experiência que nem sempre é fácil distinguir esta espécie de outras suas congéneres, visto que as múltiplas espécies do género Galium (só em Portugal ocorrem mais de 2 dezenas) apresentam com frequência largas semelhanças. Em todo o caso, os especialistas na matéria apontam algumas características que nos facilitam a tarefa da identificação. Destacaria: as folhas com margens com 1 ou 2 filas de pequenos acúleos antrorsos (virados para cima); pedicelos lisos; frutos com papilas com ápice arredondado.
Distribuição: Sul da Europa; Sudoeste da Ásia; Norte de África; Macaronésia (Madeira e Canárias). Em Portugal Continental encontra-se no Algarve, Alto e Baixo Alentejo, Estremadura, Ribatejo, Beira Litoral e, supostamente, também na Beira Baixa e em Trás-os-Montes, sendo, porém, certo que o portal da SPBotânica (Flora.on) não regista, nesta altura, nenhum avistamento nestas duas regiões.
Ecologia/habitat; prados e matagais degradados, campos de cultivo, bermas de estradas e caminhos, fendas de muros e fissuras de rochas, geralmente em substrato básico e pedregoso. 
Floração: de Dezembro a Julho;
(Local e data; Serra da Arrábida; 14 - Fevereiro - 2014)

sábado, 3 de janeiro de 2015

Ervilhaca-dos-campos (Lathyrus ochrus)

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Ervilhaca-dos-campos *[Lathyrus ochrus (L.) DC.]
Erva anual ou bienal (tipo biológico: terófito ou hemicriptófito) escandente, com caules alados, simples, ou ramificados desde a base, que podem atingir até 1.5 m;
Distribuição: Sul da Europa, desde a Península Ibérica até à Crimeia; Turquia e Próximo Oriente; Norte e Centro de África; e  Macaronésia (?).
Presente em Portugal, como espécie autóctone, no território do Continente (Algarve, Alto e Baixo Alentejo, Estremadura e Beira Litoral) e como espécie introduzida nos Açores e na Madeira.
Ecologia/habitat: relvados húmidos, sebes, orlas de campos de cultivo, bermas de estradas e caminhos, a altitudes até aos 750m.
Floração: de Março a Junho.
*Outros nomes comuns: Chicharão-preto; Ervilha-de-campos.
[Local e datas: Arrábida; 9 - Janeiro- 2014 (foto7): 22- Fevereiro -  2014 (foto 2); 19 - Março - 2014 (fotos 1, 3 e 6); 28 - Março 2014 (foto 4);  23 - abril - 2014 (foto 5)]

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Bico-de-pomba-menor (Geranium molle)




Designada entre nós por Bico-de-pomba-menor, esta planta da família Geraniaceae, com a designação científica de Geranium molle L., é originária da Europa e da Ásia, tendo sido introduzida na América do Norte, onde, nalgumas regiões, é actualmente considerada planta daninha.
É uma planta vulgar em Portugal, onde se distribui por todo o território, encontrando-se com frequência à beira dos caminhos. Tal facto é tão vulgar que a planta até é designada em Espanha por Geranio de los caminos. Normalmente encontra-se associada a outras plantas do género Erodium, género pertencente à mesma família botânica e a outras do mesmo género (Geranium) e designadamente ao Geranium rotundifolium do qual nem sempre é fácil distingui-la, pois as folhas das duas plantas apresentam claras semelhanças. Dissemelhantes são, no entanto, as flores, pois as pétalas da flor do Geranium rotundifolium não apresentam o entalhe profundo das pétalas da flor do Geranium molle. Uma outra característica "Sépalas com dois tipos de pêlos de comprimento muito diferente" permite distingui-la do Geranium dissectum.
(Local e data: Serra da Arrábida; 1/18 - Fevereiro- 2014)
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