quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

Rabaça-pimpinelóide (Oenanthe pimpinelloides)





Rabaça-pimpinelóide (Oenanthe pimpinelloides L.)

Erva perene, glabra, com raízes tuberosas, ovóides; caules erectos, sólidos, ramificados na parte superior, podendo atingir até 100 cm de altura; folhas basais bipenatissectas, de contorno ovado-triangular com segmentos de última ordem com cerca de 10mm e forma variável; as caulinares penatissectas (por 1 ou 2 vezes), com segmentos de última ordem lanceolados, estreitos e com comprimento que pode atingir até 9 cm; flores (com pétalas brancas, as exteriores das flores marginais ligeiramente maiores que as restantes) que se agrupam em umbelas compostas, pedunculadas, em geral com 6 a 15 raios; frutos cilíndricos com um aro engrossado na base.
Tipo biológico: hemicriptófito
Família: Apiaceae (Umbelliferae)
Distribuição: Centro, Sul e Oeste da Europa; Cáucaso; Geórgia; e Síria.
Em Portugal ocorre apenas no território do Continente e com presença limitada ao Algarve, Alto e Baixo Alentejo, Ribatejo, Estremadura, Beira Alta e Beira Litoral.
Ecologia/habitat: locais húmidos, ainda que a humidade não permaneça ao longo de todo o ano, a altitudes até 900 m.
Floração: de Abril a Julho.
[Avistamento: Serra de S. Luís (Parque Nacional da Arrábida); 25 - Maio - 2021]
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quarta-feira, 10 de novembro de 2021

Espadana-dos-montes (Gladiolus communis)

 




Espadana-dos-montes * (Gladiolus communis L.**)
Erva perene, bulbosa, glabra, com 25 a 90 cm. Bolbo com 1 a 3 cm de diâmetro, coberto com túnica formada por fibras finas e paralelas, dispondo-se estas em forma de rede na parte superior; folhas ensiformes que, por via de regra, não alcançam a base da inflorescência, só atingindo as flores inferiores em casos raros; inflorescência especiforme, em geral, simples e unilateral, normalmente com 6 a 10 flores; perianto purpúreo; tépalas (6) elípticas ou obovadas, as 3 superiores sem manchas; as 3 inferiores com mancha central esbranquiçada, elíptica, mais estreita na tépala central do que nas 2 laterais; anteras amarelas, com comprimento, em geral, inferior ao do respectivo filamento; fruto (cápsula) obovado, mais comprido que largo; sementes comprimidas com uma asa membranácea.
Tipo biológico: geófito;
Família: Iridaceae;
Distribuição: Sul e Oeste da Europa.
Em Portugal ocorre, como espécie autóctone, em todo o território do Continente. Inexistente nos arquipélagos dos Açores e da Madeira.
Ecologia/habitat: clareiras de matos; relvados e pastagens em terrenos secos, com frequência pedregosos, ensolarados, a altitudes até 1500 m. Indiferente à composição do solo.
Floração: de Março a Julho.
*Outros nomes comuns: Bordões-de-São-José; Calças-de-cuco; Espadana-bulbosa; Estoque; Gladíolo; Palmas-de-Santa-Rita.
*Sinónimos: Gladiolus illyricus W.D.J. Koch.; Gladiolus reuteri Boiss. in Boiss & Reut.; Gladiolus illyricus subsp. reuteri (Boiss.) K.Richt.
[Avistamento: Serra de S. Luís (Parque Nacional da Arrábida); 10- Maio - 2019)
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segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Cardo-amarelo (Carlina hispanica)





Cardo-amarelo(Carlina hispanica Lam. **)
Planta herbácea, perene, rizomatosa, espinhosa, com caules erectos, geralmente ramificados, frequentemente a partir da base, podendo atingir até cerca de 85 cm de altura;  folhas sésseis, rígidas, espinhosas, com margem sinuado-dentada; flores amarelas, reunidas em capítulos, apresentando estes brácteas interiores de cor dourada.
Tipo biológicohemicriptófito;
FamíliaAsteraceae (Compositae)
Distribuição geral; Península Ibérica e Noroeste de África
Distribuição em Portugal;  é uma planta que se encontra com frequência em grande parte do território do Continente;
Habitat: clareiras de bosques e matagais, terrenos baldios e em pousio, dunas, bermas de estradas e caminhos, a altitudes até 1700 m. Indiferente à  natureza dos solos; 
Floração: de Maio a Setembro;
*Outros nomes comuns:  CardolCardo-dos-cachosEspinho-de-cabeça;
** Sinonímia: Carlina corymbosa subsp. hispanica (Lam.) A. Bolòs & Vigo
[Avistamento: Serra do Louro (P N Arrábida); 9 - Agosto - 2021]
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domingo, 29 de agosto de 2021

Trovisco (Daphne gnidium)


Trovisco *(Daphne gnidium L.)
Arbusto muito ramificado que pode atingir até 2 m de altura.
Tipo biológico: fanerófito;
FamíliaThymelaeaceae;
Distribuição: Sul da Europa, Norte de África e Canárias.
Em Portugal ocorre como planta autóctone em todo o território do Continente. 
Ecologia/habitat: orlas e clareiras de bosques e matagais, terrenos incultos, bermas de estradas e caminhos. a altitudes até 1400 m. 
Floração: ao longo de boa parte do ano, mas com maior intensidade, de Maio a Outubro.
Observação: planta muito tóxica. É usada, embora ilegalmente, em rios e ribeiras para captura de peixes por via do seu envenamento.
* Outros nomes comuns: Erva-de-João-Pires; Gorreiro; Lauréola-macha;Trovisco-fêmea;Trovisqueira.
[Avistamento: Serra do Louro (Arrábida); 9 - Agosto - 2021]
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sexta-feira, 2 de julho de 2021

Bruco-fétido [Margotia gummifera)






Bruco-fétido [Margotia gummifera (Desf.) Lange in Willk. & Lange]
Erva perene (tipo biológico: hemicriptófito) da família Apiaceae. Tem caule erecto que pode atingir até 180cm, não ramificado, cilíndrico; folhas penatissectas, com segmentos de última (3ª ou 4ª) ordem, lineares ou linear-lanceolados; flores com cinco pétalas brancas, encurvadas, reunidas em inflorescências compostas com 20 a 35 raios.
Distribuição: Península Ibérica e Noroeste de África. Em Portugal ocorre em boa parte do território do Continente, designadamente, no Algarve, Alto e Baixo Alentejo, Estremadura, Beira Litoral, Beira Alta e Trás-os-Montes. É algo duvidoso o seu aparecimento nas restantes regiões.
Ecologia/habitat: em matagais degradados, em sítios algo secos, sobre solos geralmente ácidos e menos frequentemente básicos.
Floração: de Maio a Junho.
[Local e datas: Arrábida; 7 - Junho - 2021 (fotos 1, 2 e 3); 1 - Fevereiro - 2014 (fotos 4 e 5)]
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quarta-feira, 2 de junho de 2021

Escorcioneira-de-folha-estreita (Scorzonera angustifolia var. angustifolia)







Escorcioneira-de-folha-estreita (Scorzonera angustifolia L. var. angustifolia)
Planta perene, raramente bienal, provida de rizoma, com caule erecto, simples ou pouco ramificado; folhas alternas, lineares, inteiras e compridas; flores liguladas, amarelas, dispostas em capítulos terminais e solitários.
Tipo biológico: hemicriptófito;
FamíliaAsteraceae (Compositae
Distribuição geral: Península Ibérica e noroeste de Marrocos;
Em Portugal: presente, de forma dispersa, irregular e pouco densa, ao longo de quase todo o território do Continente.
Ecologia/habitat: "Clareiras de matos xerófíticos, taludes e pousios. Em locais secos e expostos, sobre substratos xistosos ou calcários, frequentemente pedregosos"(Flora.On)
Floração: de Abril a Julho.
(Local e data: Serra do Louro (P.N. Arrábida);  26 - Maio - 2021)
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terça-feira, 25 de maio de 2021

Silene disticha





Silene disticha Willd.
Erva anual, com 25 a 60 cm;  caules erectos, simples ou ramificados na metade superior, com duplo indumento (viloso, na parte inferior e retrorso-pubérulo na parte superior); folhas com alguma vilosidade dispersa; as inferiores, oblanceoladas; as superiores, lanceoladas; inflorescências em geral ramificadas, com dois ramos laterais, densos, separados por uma flor central; brácteas mais compridas que os pedicelos; cálice claviforme na frutificação, viloso nos nervos e pubérulo-glanduloso nos espaços entre os nervos, com dentes lanceolados; pétalas com limbo bífido, branco-rosado ou esbranquiçado, pouco saliente no exterior do cálice; cápsula (fruto) subglobosa com 7 a 8 mm.
Tipo biológico: terófito;
Família: Caryophyllaceae;
Distribuição: Península Ibérica, Ilhas Baleares e Noroeste de África.
Em Portugal ocorre como espécie autóctone, apenas em parte do território do Continente (Algarve, Baixo Alentejo, Estremadura e Beira Litoral.
Ecologia/habitat: terrenos relvados em solos calcários ou areníticos a altitudes até 500 m
Floração: de Abril a Julho.
[Local e data do avistamento: Serra de S. Luís (P.N. Arrábida) 25 - Maio - 2021]

quarta-feira, 5 de maio de 2021

Ervilhaca-comum (Vicia sativa subsp. sativa)



Ervilhaca-comum* (Vicia sativa subsp. sativa)
Erva anual, trepadora, com caules ascendentes ou procumbentes que podem atingir até 80cm; folhas pecioladas ou subsésseis, com 4 a 7 pares de folíolos (oblongos, oblanceolados ou elípticos, raramente lineares, obtusos ou emarginados, caudados) terminadas em gavinha ramificada; inflorescências reduzidas a 1 ou 2 flores; estas com cálice com lóbulos triangulares, frequentemente mais compridos que o tubo; pétalas (estandarte, alas e quilha) de cor que vai do violeta ao púrpura, mais escura nas alas; frutos claramente comprimidos entre as (4 a 9) sementes.
Tipo biológico: terófito;
Família: Fabaceae (Leguminosae);
Distribuição: planta originária da Região Mediterrânica, mas introduzida em numerosas regiões do globo, sendo considerada actualmente como planta subcosmopolita.
Em Portugal ocorre, como espécie autóctone, em todo o território do Continente e como espécie introduzida no arquipélago dos Açores. Inexistente no arquipélago da Madeira.
Ecologia/habitat: terrenos relvados e campos cultivados em solos nitrificados, a altitudes até 1050 m.
Floração: de Março a Junho.
Nota: cultivada como planta forrageira.
* Outro nomes comuns: Ervilhaca-mansa; Ervilhaca-ordinária.
[Local e data do avistamento: Arrábida (Vale de Barris); 4 - Março - 2020]
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quarta-feira, 21 de abril de 2021

Cizirão-de-um-ano (Lathyrus annuus)

 



Cizirão-de-um-ano (Lathyrus annuus L.)
Erva anual, glabra, trepadora, que pode atingir até 200cm; com caules ramificados, alados, com asas com 0,5 a 2,5 mm de largura; folhas pecioladas com 1 par de folíolos, terminadas em gavinha ramificada; estípulas linear-lanceoladas, semisagitadas ou semihastadas, mais curtas que o pecíolo; flores com pétalas (estandarte, asas e quilha) de cor amarela, dispostas (1 a 3) em inflorescências pedunculadas; pedúnculo em geral mais curto que a folha axilante; fruto oblongo, reticulado, com 5 a 9 sementes esféricas.
Tipo biológico: terófito;
Família: Fabaceae (Leguminosae)
Distribuição: Sul da Europa, desde a Península Ibérica até ao Cáucaso; Centro e Sudoeste da Ásia; Norte de África e Macaronésia (Açores, Madeira e Canárias). Em Portugal além de presente nos arquipélagos dos Açores e da Madeira, ocorre também, como espécie autóctone, em boa parte do território do Continente (Algarve, Alto e Baixo Alentejo, Estremadura, Ribatejo e Beira Litoral, sendo duvidoso o seu aparecimento no Douro Litoral e Minho).
Ecologia/habitat: terrenos relvados na orla de terrenos cultivados, caminhos e taludes, em locais húmidos e algo sombrios, com preferência por solos básicos, a altitudes desde 8 a 1200m.
Floração: de Março a Junho.
[Local e data do avistamento: serra de S. Luís (Arrábida); 28 - Abril - 2019]

quinta-feira, 15 de abril de 2021

Trigo-de-perdiz (Aegilops geniculata)

 
Trigo-de-perdiz (Aegilops geniculata Roth)
Erva anual, cespitosa, com 30 a 40 cm de altura.
Tipo biológico: terófito;
Família: Poaceae (Gramíneas);
Distribuição: Região Mediterrânica; Oeste da Ásia e Norte de África. Introduzida no Norte da Europa, Canárias e América do Norte.
Em Portugal distribui-se por quase todo o território do Continente, estando, porém, ausente dos arquipélagos dos Açores e da Madeira.
Ecologia/habitat: terrenos de pastagem, incultos, em locais secos e bem ensolarados.
Floração: de Abril a Julho.
(Local e data do avistamento: PNArrábida; 10 - Maio 2014)
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terça-feira, 23 de março de 2021

Neotinea maculata


Neotinea maculata (Desf.) Stearn
Erva vivaz, tuberosa (dois tubérculos) com caule esverdeado (8 a 25 cm) frequentemente com manchas; folhas basais dispostas em roseta, compridas, lanceoladas; as superiores mais curtas, invaginantes, umas e outras geralmente também com manchas; inflorescência, mais ou menos curta (2 a 6 cm) com flores pequenas, densamente agrupadas, com a maioria voltada para o mesmo lado.
Tipo biológico: geófito;
Família: Orchidaceae;
Distribuição: grande parte da Região Mediterrânica; Irlanda e Macaronésia (Madeira e Canárias). 
Em Portugal Continental é dada como ocorrendo, embora de forma dispersa e descontínua, em todas as regiões.
Habitat: Pastos, dunas consolidadas, e clareiras de vários tipos de bosques e de matagais. Indiferente ao substrato.
Floração: de Março a Maio.
(Local e data: Serra da Arrábida; 22 - Março - 2021)

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Anúncios de Primavera na Arrábida

Erva-vespa (Ophrys lutea)

Margarida-do-monte (Bellis sylvestris)

Cardinho-das-almorreimas (Centaurea pullata)

Campainhas-amarelasCucos, Campainha-dos-montes (Narcissus bulbocodium subsp. obesus)
Arrábida, 24 - Fevereiro - 2021
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quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Silene gracilis





Silene gracilis DC.
Erva anual, com 10 a 80 cm; caules geralmente ascendentes, simples ou ramificados a partir da base, vilosos na parte inferior, glabros na parte média e com indumento retrorso-pubérulo na parte superior; folhas pubescentes, as basais subespatuladas ou oblanceoladas, geralmente dispostas em roseta; as caulinares, de ovais a lanceoladas; inflorescências em cimeiras com 1 a 10 flores frequentemente cleistogâmicas; brácteas mais curtas que os pedicelos, de ovadas a ovado-lanceoladas, ciliadas, pelo menos, na base; cálice campanulado na frutificação, totalmente glabro ou ligeiramente escábrido nos nervos, com dentes triangulares, ciliados; pétalas profundamente bífidas, de cor branca ou rosa-pálido; cápsula (fruto) subcilíndrica com 6 a 11 mm.
Tipo biológico: terófito;
Família: Caryophyllaceae;
Distribuição: Sudoeste da Península Ibérica e Noroeste de Marrocos.
Em Portugal ocorre como espécie autóctone, apenas em parte do território do Continente (Algarve, Alto e Baixo Alentejo, Estremadura e Ribatejo.
Ecologia/habitat: terrenos relvados em solos arenosos, geralmente próximos do litoral.
Floração: de Janeiro a Junho.
[Local e data do avistamento: Serra do Risco (Arrábida); 9 - Março - 2020]
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