segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Torga (Calluna vulgaris)







Torga [Calluna vulgaris (L.) Hull]
Este pequeno arbusto, muito ramificado, da família Ericaceae é conhecido entre nós pelos nomes vulgares de Torga, Torga-ordinária, Urze, Urze-do-matoQueiró Queiroga, além de vários outros, alguns dos quais partilha com outras espécies do género Erica.
Planta nativa da Europa e do norte de África, encontra-se também na América do Norte, onde terá sido introduzida. Em Portugal ocorre por todo o território, incluindo nos arquipélagos dos Açores e da Madeira, sobretudo em terrenos argilo-xistosos, secos ou pouco húmidos, nas encostas dos montes, terrenos que disputa com outros arbustos, como as estevas, as carquejas e os tojos e outras urzes.
Embora céptico quanto à sua eficácia, registo que as partes florais da planta são usadas em fitoterapia, tendo como principais indicações o uso como anti-séptico das vias urinárias e como remédio contra a gota (v. Plantas e Produtos Vegetais em Fitoterapia).
Floração: de Maio a Dezembro.
SinonímiaCalluna vulgaris var. pubescens W.D.J.Koch; Erica vulgaris var. albaWeston; Calluna sancta Gand.; Calluna sagittifolia var. hirsuta Gray; Calluna pyrenaica Gand.; Calluna oviformis Gand.; Calluna olbiensis Albert; Calluna erica var. condensata (Lamotte) Rouy; Calluna erica proles olbiensis (Albert) Rouy;Calluna erica proles beleziae (Rouy) Rouy; Calluna brumalis Gand.; Calluna beleziana Rouy; Calluna atlantica Seemen; Calluna alpestris Gand.; Ericoides vulgaris (L.) Merino; Erica vulgaris L.; Calluna sagittifolia Gray; Calluna ericaDC.; Calluna beleziae Rouy; Calluna erica var. hirsuta (Gray) Rouy in Rouy & Foucaud; Calluna sagittifolia Gray; Erica sagittifolia var. villosa Stokes; Erica sagittifolia Stokes
(Local: Serra da Arrábida; 14 - Outubro - 2015)
(Clicando nas imagens, amplia)

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Urze-das-vassouras (Erica scoparia subsp. scoparia)




Urze-das-vassouras (Erica scoparia L. subsp. scoparia)
Arbusto (tipo biológico: fanerófito), por norma com 1 a 2,5m de altura, podendo eventualmente elevar-se até aos 4 m; folhas lineares, revolutas, agrupadas  (3 a 4) em verticilos; flores em que se destaca a corola semifendida, de cor amarelada ou esverdeada e o estigma em forma de disco de cor púrpura ou avermelhado.
Família: Ericaceae;
Distribuição: Região Mediterrânica Ocidental.
Em Portugal, ainda que de forma descontínua, distribui-se por quase todo o território do Continente. Inexistente nos arquipélagos dos Açores e da Madeira.
Ecologia/habitat: orlas e clareiras de matagais e bosques, em solos frescos e pouco compactos, de natureza siliciosa, a altitudes até 1600m.
Floração: de Fevereiro a Julho
(Local e datas: Serra da Arrábida;  Abril /  Maio - 2015 )

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Abrótea (Asphodelus serotinus)






Designação científicaAsphodelus serotinus Wolley-Dod 
Nomes comuns: Abrótea, Abrótea-da-primavera, Abrótega, Gamões, Gamoneira, além de outros.
FamíliaXanthorrhoeaceae;
Tipo biológicoGeófito;
DistribuiçãoEndemismo ibérico, com ocorrência mais frequente no Centro e Ocidente da Península Ibérica. Raro no Norte. 
 Em Portugal encontra-se em grande parte do território do Continente (Algarve; Alto e Baixo Alentejo; Estremadura, Ribatejo;  Beira Baixa, Beira Alta, Beira Litoral e Trás-os-Montes). 
Ecologia/habitat:  clareiras de bosques, charnecas e matagais; terrenos de pastagem e taludes, sobre solos de diversa composição (ardósia, xistos, granitos, arenitos e mesmo calcários) a altitudes até aos 1240m. 
Floração: de Março a Junho.
Obs.: Erva perene, rizomatosa, com 80 a 180cm de altura, aos olhos do leigo, é muito semelhante às demais espécies do género Asphodelus que ocorrem em Portugal, se exceptuarmos a espécie baptizada de Asphodelus fistulosus que tem umas "vestes" muito diferentes das restantes. Para distinguir o A. serotinus recomenda o portal Flora.on que se preste atenção aos frutos "muito brilhantes e algo pegajosos" e "em forma de pêra invertida, isto é, estreitando para a base".
(Local e data: Serra da Arrábida;  5 Maio - 2015)