sábado, 23 de fevereiro de 2013

Rabo-de-raposa (Stachys arvensis)




Rabo-de-raposa [Stachys arvensis (L.) L.]
Erva anual (tipo fisionómico: terófito), da família Lamiaceae, de pequenas dimensões (5 a 40 cm) com caule erecto, simples ou escassamente ramificado desde a base, com revestimento de pêlos compridos e flexíveis (hirsuta); folhas ovadas ou aproximadamente cordiformes, com pequenos recortes arredondados nas margens (crenadas), menos frequentemente lobuladas; flores (com corola de cor esbranquiçada ou  púrpura, bilabiada, com o lábio superior inteiro e o inferior mais largo e trilobado) dispostas (2 a 6) em verticilastros em número variável (geralmente, entre 3 e 8).
Distribuição:  Europa Central, Ocidental e do Sul e Macaronésia. Em Portugal é uma espécie relativamente comum em quase todo o território.
Habitat: pastagens, clareiras de bosques e matagais, campos cultivados e em pousio e, em geral, em terrenos com humidade temporária, preferencialmente sobre substratos siliciosos, arenosos ou argilosos.
Em geral, é indicado como período de floração o que vai de Fevereiro a Agosto. 
(Local e data: Serra da Arrábida; 4 - Fevereiro - 2013)

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Arruda (Ruta chalepensis)




Arruda * (Ruta chalepensis L.)   
Erva vivaz (tipo fisionómico: caméfito), glabra, de odor e sabor desagradáveis, da família Rutaceae, com frequência, muito ramificada e cujos ramos podem atingir entre 20 a 60cm, formando, por vezes, uma pequena moita, mais ou menos, arredondada. As folhas de cor verde azulado apresentam-se geralmente dupla ou triplamente divididas (e, como tal, designadas de bi/tri-penatissectas) em segmentos que vão de lineares a obovados. As flores de corola amarela, têm quatro pétalas oblongas com as margens revestidas de cílios e reúnem-se em cimeiras lassas.
Muito semelhante à sua congénere Ruta angustifolia, dela se distingue, no entanto, segundo a lição do Flora.on, pelo facto de a inflorescência ser glabra, ao contrário da sua congénere R. angustifolia, que tem a inflorescência glandulosa, embora com pêlos curtos.
Originária, ao que parece da região Mediterrânica Ocidental, a espécie encontra-se, todavia, naturalizada  em muitas outras regiões e continentes, onde foi introduzida, supostamente devido aos efeitos fito-terapêuticos que lhe são atribuídos, havendo recomendações para o uso de infusões, obtidas a partir das partes florais da planta, no tratamento, designadamente, de perturbações menstruais e de inflamações da pele e das mucosas, recomendações que, todavia, não devem ser seguidas, sem ter em conta as doses aconselhadas, porque a planta não é isenta de toxicidade. Muito pelo contrário, todas as precauções são poucas.
Em Portugal, aparentemente, está limitada ao centro e sul do país.
Habitat: clareiras e orlas de matos, geralmente, sobre solos pedregosos e calcários.
Floração:  entre Maio e Julho, dizem as fontes consultadas. Todavia, em Fevereiro, já o exemplar fotografado, bem como vários outros se encontravam em plena floração.
* Outros nomes comuns: Arruda-dos-calcários; Arruda-fétida;Erva-das-bruxas.
(Local e data: Altiplano da Azóia - Cabo Espichel - Serra da Arrábida; 11 - Fevereiro - 2013)
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domingo, 17 de fevereiro de 2013

Nova época de orquídeas silvestres na Arrábida (2)


Moscardo-fusco ( Ophrys fusca Link subsp. fusca)  
(Local e data: Serra da Arrábida; 14 - Fevereiro - 2013)

Maria-fia (Erodium malacoides)



Maria-fia [Erodium malacoides (L.) L'Hér.]
Também designada comummente por Erva-garfoMaria-fina e Marioila, é uma planta da família  Geraniaceae, nativa da Europa, Ásia e norte de África, mas naturalizada noutros continentes. Em Portugal é uma planta vulgar, em todo o território, surgindo frequentemente associada a outras espécies do mesmo género, quer em terrenos cultivados, quer incultos, incluindo em zonas urbanas e à beira de estradas e caminhos.
Quando livre de competidoras, esta planta tende a estender-se pelo solo. Quando encontra concorrência, não tem outra alternativa que não seja elevar-se à procura da luz solar.
(Local e data: Serra da Arrábida; 26 - Janeiro - 2013)
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terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Narciso-de-Inverno (Narcissus papyraceus)






Narciso-de-Inverno *(Narcissus papyraceus Ker Gawl.)
Erva vivaz (tipo fisionómico: geófito) bolbosa, da família  Amaryllidaceae, cuja haste floral (robusta e achatada) pode atingir entre 30 a 60 cm. e cujas folhas (oblongas e obtusas) alcançam frequentemente idêntica ou até superior dimensão. As flores de cor branca, surgem agrupadas (6 a 20) em inflorescências terminais, radiadas.
Distribuição: Região Mediterrânica e Macaronésia (Açores e Canárias). A espécie é, no entanto, cultivada como planta ornamental noutros continentes e noutras regiões. Em Portugal continental encontra-se  presente na Beira Litoral, Estremadura, Alto e Baixo Alentejo e Algarve.
Habitat: em geral em sítios húmidos, frequentemente sobre solos básicos.
Floração: de Janeiro a Março.
* Outros nomes comuns: Mijaburro; Narciso-da-serra; Narciso-do-barrocal.
(Local e data: Serra da Arrábida; 2 - Fevereiro - 2013)
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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Pé-de-burro (Romulea bulbocodium)




Pé-de-burro [Romulea bulbocodium (L.) Sebast. & Mauri ] 
Mais informação:aqui.
(Local e data: Serra da Arrábida; 26 - Janeiro - 2013)
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sábado, 2 de fevereiro de 2013

Inaugurando a nova estação das orquídeas silvestres na Arrábida




Salepeira-grande [Himantoglossum robertianum ( Loisel. ) P. Delforge; Sin.: Barlia robertiana (Loisel.) Greuter]  
(Local e data:  Serra da Arrábida, em 26 - Janeiro - 2013) 

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Dormideira (Papaver somniferum)






Dormideira *(Papaver somniferum L.)
Erva anual (tipo fisionómico: terófito), glabra ou quase glabra, da família Papaveraceae, cujo caule, erecto, uma vezes simples e outras vezes ramificado, pode elevar-se entre 15 a 100 cm; apresentando folhas ovado-oblongas, sinuadas, crenadas ou dentadas, fracamente pecioladas as da base e sésseis e amplexicaules as restantes; e com flores com pétalas sub-orbiculares, de cor variada (branco,  rosa,  violáceo e mesmo encarnado), em geral, com uma com mancha escura na base; frutos constituídos por uma cápsula sub-globosa, encimada por um disco lobado com diâmetro superior à base da cápsula, com raios bem salientes, cujo número pode variar entre 5 e 18 (7 a 18 na subespécie P.s. somniferum e  5 a 8 na subespécie P.s. setigerum).
Através de incisões na cápsula destas plantas obtém-se um látex que, depois de seco, se transforma no ópio, produto que contém numerosos alcalóides, incluindo a morfina que é o mais importante, substância esta cujo uso como analgésico é por demais conhecido, o mesmo se podendo dizer, aliás, de outros usos dados ao próprio ópio.
Das sementes também se  extrai um óleo que é usado na alimentação e para fins industriais.

Distribuição: Ásia, Região Mediterrânica e Macaronésia. Em Portugal é considerada planta exótica. Poderá eventualmente aparecer como planta cultivada, surgindo, como sub-espontânea e ruderal, em regiões como  a Estremadura,  Alto e Baixo Alentejo, Beira Litoral,  Douro Litoral e Algarve.
Floração: de Março a Agosto.
*Outras designações comuns: Dormideira-brava; Dormideira-dos-jardins; Dormideira-das-boticas.
(Local e data: Serra da Arrábida: 6 - Maio - 2012)