segunda-feira, 18 de março de 2013

Alho-de-Nápoles (Allium neapolitanum)





Alho-de-Nápoles (Allium neapolitanum Cirillo*)
Erva vivaz, bulbosa (tipo fisionómico: geófito), glabra, cujo caule pode atingir entre 20 a 60cm, com 2 a 3 folhas, dispostas ao longo do terço inferior do caule, glabras, sésseis, lineares, inteiras, com comprimento que se pode aproximar do comprimento do caule; flores com tépalas brancas reunidas em inflorescência sob a forma de umbela esférica, ou semi-esférica, em geral, densa, reunindo flores na ordem das dezenas.
Distribuição: Espécie originária da Região Mediterrânica e Macaronésia (Madeira e Canárias), encontra-se actualmente naturalizada na Austrália e na América do Sul e noutras regiões, onde foi introduzida como planta de jardim.
Em Portugal é dada como presente no Alentejo (Alto e Baixo), Beira Litoral, Estremadura, Ribatejo e Trás-os-Montes mas há registos da sua ocorrência noutras regiões. A falta de uma designação verdadeiramente popular (o vernáculo "Alho-de-Nápoles" não é mais que a tradução do nome científico) indicia que a espécie não será muito comum em Portugal e não é de excluir que algumas populações encontradas podem não ser espontâneas, tendo tido origem na dispersão de sementes ou no abandono de bolbos de plantas cultivadas. Admito mesmo que a população, aliás numerosa, onde as fotografias supra foram obtidas pode ter tido essa origem, pois a cerca de uma centena de metros encontram-se residências com jardim.
Habitat: em geral em locais húmidos e sombrios, designadamente nas margens de cursos de água, mas também na berma de caminhos e em terrenos cultivados.
Floração: de Fevereiro a Maio.
*Sinonímia: Nothoscordum inodorum (Aiton) G. Nicholson.
(Local e data: Serra da Arrábida; 12 - Março - 2013)

sábado, 16 de março de 2013

Nova época de orquídeas silvestres na Arrábida (9): Flor-dos-rapazinhos (Orchis italica)

 

Flor-dos-rapazinhos, ou Flor-dos-macaquinhos-dependurados (Orchis italica Poir.)
Mais informação: aqui.
(Local e data: Cabo Espichel - Serra da Arrábida; 14 - Março - 2013)

quinta-feira, 14 de março de 2013

quarta-feira, 13 de março de 2013

terça-feira, 12 de março de 2013

Nova época de orquídeas silvestres na Arrábida (6): Erva-vespa (Ophrys lutea)


Erva-vespa, ou Moscardo (Ophrys lutea Cav.) 
(Local e data: Serra da Arrábida; 12 - março - 2013)

Jacinto-dos-campos (Hyacinthoides hispanica)



Jacinto-dos-campos [Hyacinthoides hispanica (Mill.) Rothm.]
Erva vivaz, bolbosa, da família Asparagaceae, com   haste floral com altura que pode ir de 1 a 5 dm; com folhas  (2 a 7) lineares a oblongo-lanceoladas; e flores tubuloso-campanuladas, azul-violáceas, dispostas em cacho, em número variável.
É considerada nativa da Península Ibérica (e também do norte de África ?) encontrando-se, todavia, naturalizada noutros países da Europa ocidental e meridional, o que não constitui motivo para grande espanto, já que se trata de uma planta que é cultivada para fins ornamentais. Em Portugal ocorre em quase todo o país, em matas de carvalhais ou sobreirais e em matos mais ou menos húmidos (segundo  o guia de campo Flores da Arrábida, já citado, mais de uma vez, nestas páginas e  do qual me socorri, novamente, para a descrição supra). Que a espécie também surge nas zonas mais fundeiras (logo mais húmidas) de encostas com povoamentos pouco densos de pinheiros, garanto eu.
Floresce de Fevereiro a Maio, segundo o citado Flores da Arrábida e de Março - Junho, segundo esta outra fonte, divergência que não estou em condições de ultrapassar, visto que as fotos foram obtidas em data compatível com qualquer das duas teses.
(Local e data: Troviscal - Serra da Arrrábida; 10 - Março -2013)

domingo, 10 de março de 2013

Arabis sadina






Arabis sadina (Samp.) Cout. 
Erva, vivaz, (tipo fisionómico: hemicriptófito) rizomatosa, da família Brassicaceae, com indumento formado essencialmente por pêlos estrelados mais denso ao nível das folhas e na metade inferior do caule, apresentando-se este erecto (15 a 45cm de altura) simples ou pouco ramificado. Folhas com 5 a 8 pares de dentes ou lóbulos marginais, as inferiores, oblanceoladas ou subespatuladas, escassamente pecioladas, as caulinares, sésseis, de elípticas a lanceoladas, arredondadas na base. Flores com pétalas brancas ou levemente rosadas, reunidas (3 a 25) em inflorescências em cacho pouco densas.
Distribuição: esta Arabis é uma planta endémica de Portugal com distribuição limitada  ao Baixo Alentejo, Estremadura, Ribatejo e Beira Litoral.
Porque esta espécie leva na designação científica o epíteto específico de sadina, parti do pressuposto de que seria muito abundante na Serra da Arrábida e que seria fácil deparar com ela. Certo, porém, é que, não obstante as minhas frequentes deambulações pela Arrábida, de há dois anos a esta parte, só recentemente a avistei em vários locais, na mesma zona da serra, ora isolada, ora em pequenos grupos, sempre em pequenas clareiras no meio de matos baixos, em substrato calcário, rochoso ou pedregoso que parece ser o seu habitat normal. 
Diga-se que o pressuposto de que parti quanto à sua abundância  não tem justificação, pois esta encontra-se no facto de a espécie ter sido encontrada "Entre Tejo e Sado" e descrita, pela primeira vez, por Gonçalo António da Silva Ferreira Sampaio que lhe atribuiu  o nome de Arabis muralis var. sadina, basónimo que, por isso mesmo, tem no descritor o seu apelido Sampaio abreviado para Samp.
Por outro lado, a aparente pouca visibilidade da espécie pode também não ter nada a ver com a maior ou menor abundância, pois pode simplesmente resultar do facto de a planta preferir, por "modéstia", locais recatados, mais ou menos abrigados pelos matos circundantes, em vez de terrenos abertos e mais expostos aos ventos e aos olhares de quem passa. 
Floração: de Fevereiro a Maio.
(Local e data: Serra da Arrábida; 27 - Fevereiro - 2013)

sexta-feira, 1 de março de 2013