quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Vídeo: "Arrábida da Serra ao Mar"

Um vídeo muitíssimo interessante sobre a flora, a fauna, e até sobre a geologia da Serra da Arrábida.  Veja e delicie-se.

sábado, 26 de janeiro de 2013

Lavatera olbia


 



Lavatera olbia L.

Arbusto, ou sub-arbusto, da família Malvaceae, com caule com 0,6 a 2,5 m de altura, frequentemente muito ramificado, folhas com limbo tomentoso, oblongo-ovado a lanceolado, quinquelobado ou trilobado, se bem que na parte superior se apresente, por vezes, apenas ligeiramente recortado; flores solitárias, axilares, com corola com cinco pétalas de cor púrpura.
Distribuição: Região Mediterrânica Ocidental. Em Portugal, a sua ocorrência está, ao que parece, limitada à Beira Litoral, Estremadura, Alentejo e Algarve.
É utilizada como planta ornamental. Devido certamente a tal uso, encontra-se naturalizada na Inglaterra.
Habitat: geralmente, em lugares com alguma humidade e, designadamente,  nas margens de pequenos cursos de água, na orla de matagais, na berma de caminhos, sobre solos calcários, argilosos ou arenosos.
Floração: de Maio a Setembro
(Local e datas: Serra da Arrábida; 6/22 - Maio - 2012)

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Madressilva (Lonicera implexa)

(1)

(2)

(3)

(4)

(5)

(6)

Madressilva, ou Madressilva-entrelaçada (Lonicera implexa Aiton)
Arbusto trepador (com 1 a 3 m de altura), de folha perene, da família Caprifoliaceae,  apresenta caule flexível, algo volúvel, em regra muito ramificado, com ramos abundantes e entrelaçados;  folhas opostas, simples, coreáceas, de elípticas a obovadas, de cor verde-escura brilhante, com as próximas da inflorescência, adunadas, ou seja, unidas na base, formando como que uma taça; flores tubulares bilabiadas,  inicialmente rosadas, mas ligeiramente amareladas com o tempo, reunidas "em inflorescências sésseis, com as flores nascendo directamente da axila das folhas"(fonte), (característica que a distingue da congénere Lonicera etrusca que apresenta uma inflorescência pedunculada); frutos constituídos por pseudobagas globosas, avermelhadas e tóxicas.
Distribuição: Região Mediterrânica, Sudoeste da Ásia e Açores. É no entanto, cultivada noutras paragens, como planta ornamental. Em Portugal continental distribui-se pelo Centro e Sul, estando a sua ocorrência no Norte limitada aos vales do Douro e seus afluentes. 
Habitat: matagais, clareiras e orlas de florestas e de bosques, em ambiente mediterrânico, frequentemente em terrenos rochosos e pedregosos. Indiferente à composição do solo.
Floração: de Abril a Agosto.
[Local e datas: Serra da Arrábida; Maio/ Abril - 2011 (fotos 1 a 5 ); 11- Novembro 2012 (foto 6)]
(Clicando nas imagens, amplia)

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Coalhadas (Cytinus hypocistis subsp. macranthus )



Coalhadas [Cytinus hypocistis (L.) L. subsp. macranthus Wettst.]
Designada também  vulgarmente por Pútegas, Pútegas-de-escamas-largas e Amareladas,  esta planta, da família Cytinaceae, é desprovida de clorofila e como tal dependente das plantas hospedeiras que parasita e que, no caso desta espécie, são plantas dos géneros Cistus e Halimium, ambos da família Cistaceae. Distribui-se pela Região Mediterrânica e Macaronésia, surgindo em Portugal por todo o território, nos locais onde ocorram também as plantas hospedeiras. É uma planta monóica, dispondo-se as flores masculinas no interior e as flores femininas exteriormente.
(Local e data: Serra da Arrábida; 6 - Maio - 2012)
(Clicando sobre as imagens, amplia)

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Bocas-de lobo (Antirrhinum linkianum)




Bocas-de lobo (Antirrhinum linkianum Boiss. & Reut.)
Planta herbácea, vivaz (tipo fisionómico: caméfito) da família Plantaginaceae (ex Scrophulariaceae) com caules simples ou ramificados, algo lenhosos, ascendentes ou erectos, pubescente-glandulosos, pelo menos durante a floração, que podem atingir entre 30 a 60 cm.
É um endemismo ibérico que ocorre sobretudo em território português (Baixo Alentejo, Beira Baixa, Beira Litoral, Estremadura e Ribatejo) estando a sua presença em território espanhol limitada ao litoral ocidental da Corunha.
Habitat: locais rochosos, ou pedregosos, terrenos revolvidos, fissuras de paredes e de muros degradados, ao longo de caminhos. 
A. linkianum é não só muito semelhante ao cultivado Antirrhinum majus, como já foi considerado como uma subespécie deste (v. sinonímia infra). Distingue-se dele pelo facto de ter "os pedicelos mais compridos do que as sépalas" (in Flora.On). Tem também grandes semelhanças com o Antirrhinum cirrhigerum. Este tem, no entanto, "caules laterais curtos e gavinhosos" (loc. cit.), característica que o distingue do A. linkianum .
A floração, segundo as fontes consultadas, ocorre de Abril a Julho. Parece-me, no entanto, que ela decorre durante um período bem mais alargado. Basta dizer que as fotografias supra foram obtidas em Março e que já encontrei vários exemplares  em floração no mês de Dezembro.
Sinonímia: - Antirrhinum majus subsp. linkianum (Boiss. & Reut.) Rothm.
(Local e data: Serra da Arrábida; 18 -março -2012)